Esguio e de fácil condução este “estradista” precisa de quilómetros para mostrar o potencial. Fizemos consumos médios de 7,2 l aos 100 Km/h, sem preocupações de poupança, o que não sendo um nível baixo, parece equilibrado para a capacidade deste veículo que mais se assemelha a um SUV. Um dado a reter é a capacidade do tanque de combustível que poderia ser maior, evitando o reabastecimento numa viagem acima dos 500 Km.
Mas é a funcionalidade e a versatilidade as características que vão definir o potencial do Crossland X, irmão “maior” do Mokka X, mas com a particularidade de ser classe 1 em autoestrada. O posicionamento de condução elevado é uma virtude, assim como o desenho da consola frontal e central e os espaços de arrumação. No exterior é um Opel de referência com a assinatura de dupla asa na grelha e faróis, a par das proteções de carroçaria, algo sempre necessário para evitar os arreliadores toques que acontecem nos estacionamentos urbanos. A traseira é um elemento de distinção do veículo e a quinta porta é adaptada a grandes volumes. A marca optou por um jogo de cores entre o tejadilho e o resto do veículo, uma solução testada com sucesso no “pequeno” urbano Adam, e cujo resultado é uma clara alteração visual a nível de imponência.
Sem se aproximar do luxo, o Crossland X tem alguns atributos que custam uns euros extra mas que valem a pena. É o caso do pack com estacionamento semiautónomo, a câmara traseira e o alerta de ângulo morte. São 890 euros bem aplicados, assim como a soma dos 750 euros que vai custar os faróis de Led com comutação automática médios/máximos, assim como os sensores de luz e chuva. São somas que fazem a diferença. Claro que este é um Opel e que pode ter o sistema de emergência OnStar, com hotspot wi-fi e vários serviços como hotelaria, restauração ou parque de estacionamento. Este tipo de aplicações implica o contrato com uma operadora. E, repetimos, não sendo um veículo luxuoso é entregue com a geração IntelliLink compatível com Apple CarPlay e Android Auto. O ecrã de oito polegadas é grande para o tipo de veículo mas o sistema touch nem sempre permite ser assertivo naquilo que se quer, sobretudo quando se conduz em estrada irregular como fizemos no nosso teste. Para quem já ensaiou, como nós, o Astra e o Insignia vê que as influências destes modelos são incontornáveis. Há um claro sentido de personalização da marca e de uma aproximação de todos os modelos.
A nível de propulsor a opção por um motor a gasolina de 130 cv é acertada quando se quer rapidez. Mas os consumos que conseguimos versus os de fábrica são bastante diferentes. A indicação de fábrica (não testada) é de uma velocidade máxima de 206 km/h, para uma aceleração dos 0 aos 100 Km/h em 9,1 segundos.
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