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Ministro dos Negócios Estrangeiros alemão critica o “egoísmo nacional” de Trump

Ministro alemão exortou a um fortalecimento das Nações Unidas, citando as vantagens que a cooperação europeia e internacional trouxe para o seu país.
22 Setembro 2017, 19h31

O ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Sigmar Gabriel, advertiu no primeiro discurso na Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York, sobre o “egoísmo nacional” na política mundial, numa aparente rejeição do lema “Estados Unidos Primeiro” proposto pelo presidente Donald Trump.

“O lema  ‘nosso país primeiro’  apenas conduz a mais confrontos nacionais e menos prosperidade. No final, existem apenas perdedores. Devemos manifestar-nos contra esta visão de mundo, precisamos de mais cooperação internacional e menos egoísmo nacional, e não o contrário”, enfatizou Gabriel, embora sem mencionar diretamente Trump.

O ministro alemão exortou a um fortalecimento das Nações Unidas, citando as vantagens que a cooperação europeia e internacional trouxe para o seu país. “Não foi [o lema] ‘Alemanha primeiro’ que fez a Alemanha forte e próspera, mas foi a responsabilidade europeia e internacional primeiro o que deu aos alemães paz e prosperidade”, disse.

Acordo com o Irão

“O que o mundo precisa com urgência é uma nova confiança”, disse Gabriel, reiterando o compromisso alemão com o acordo nuclear com o Irão e alertando que a retirada do pacto só tornaria mais difícil estabelecer um acordo com a Coreia do Norte em relação ao seu programa nuclear.

“Que país vai concordar em reverter seu programa nuclear, se verificar que o acordo [com o Irão] não será mantido e não vale o papel em que foi escrito?”, perguntou o ministro.

A embaixadora dos EUA nas Nações Unidas, Nikki Haley, rejeitou a crítica de Gabriel à posição de Washington sobre o acordo nuclear com Teerão. Trump, forte crítico do pacto com o Irão, que ele ameaça abandonar, deve fazer o que é melhor para os Estados Unidos, disse Haley.

Coreia do Norte

Gabriel também abordou as crescentes tensões na península coreana, devido aos repetidos testes nucleares e de mísseis da Coreia do Norte.

A chave para a não proliferação das armas nucleares está nas mãos dos Estados Unidos, da Rússia e da China, e é por isso que a confiança entre estas três nações deve ser restaurada, disse o ministro alemão.

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