O Ministério da Cultura está a trabalhar com a Secretaria de Estado da Indústria para lançar um programa de apoio às indústrias criativas, anunciou na semana passada Luís Filipe Castro Mendes, no almoço-debate do International Club of Portugal (ICPT). O objetivo, frisou o ministro da Cultura, é “evidenciar melhor o valor económico da atividade cultural”.
“Quando se fala de subsídiodependência, gostaria sublinhar a resiliência dos agentes culturais, que no período de crise tiveram capacidade de resistência e de adaptação que o Estado deve apoiar. A cultura é um pilar da democracia”, destacou.
O novo programa é, segundo o governante, mais uma medida reveladora do “compromisso de que a cultura é um valor transversal e que trabalharíamos para repor a capacidade das estruturas públicas da cultura”.
O ministro aproveitou para recordar as principais opções do governo na área cultural. Na política museológica, destacou a introdução do novo modelo de gestão, que dá aos Museus, Palácios e Monumentos Nacionais “maior autonomia”.
Nas políticas da leitura, destacou o Plano Nacional de Leitura 2017/2027 como um eixo “prioritário” da ação governativa. “No centro da nossa atuação permanecem como prioridades reforçar os programas de promoção dos autores, democratizar o acesso ao Livro, promover as literacias e a formação de mediadores, contribuir para a criação de leitores e para a consolidação de hábitos de Leitura, assim como reforçar as condições dos profissionais do setor. Tudo isto se compatibiliza, naturalmente, com a requalificação dos serviços das Bibliotecas Públicas”, afirmou.
Na área do património, o ministro destacou os “legados” já conseguidos. Por um lado, a aquisição, através da Direção Geral do Património Cultural e após negociação com os herdeiros do colecionador Jorge de Brito, seis obras da pintora Vieira da Silva. Depois, “a viagem” da obra de Joan Miró a Lisboa simboliza um momento particularmente feliz para a Cultura”, destacou.
A coleção de 85 obras do pintor pertencia ao Banco Português de Negócios (BPN) e ia ser vendida pela leiloeira Christie’s antes do atual governo assumir funções. Com o novo Executivo, as empresas Parvalorem e Parups chegaram a acordo com a empresa britânica para revogar o contrato de venda em leilão.
“Constitui, indiscutivelmente, um forte atrativo também do ponto de vista do turismo cultural, o que só corrobora que a decisão do Governo estava certa”, realçou o ministro da Cultura, no evento do International Club of Portugal.
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