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Prenda de Natal para madrilenos. Gran Vía será semipedonal

A autarquia de Madrid planeia começar no Natal as obras de remodelação da Gran Vía, que passará a ser semipedonal, reduzindo assim o tráfego diário de automóveis de 50 mil para 10 mil. Os automobilistas “terão de procurar alternativas”, diz o vereador do desenvolvimento urbano sustentável.
4 Outubro 2017, 15h53

O vereador do desenvolvimento urbano sustentável da Câmara Municipal de Madrid, José Manuel Calvo, anunciou que, a partir do próximo Natal, a Gran Vía passará a ser semipedonal, avança o El País. As obras, que arrancarão nessa altura, aproveitarão a redução habitual de faixas de rodagem que acontece nesta altura do ano para ampliar os passeios. “Não faz sentido reabrir a Gran Vía ao tráfego para voltar a condicioná-la um mês depois”, terá afirmado Calvo aos microfones da Onda Madrid, acrescentando: “Creio que os madrilenos vão reagir positivamente à medida.”

A transformação implicará um investimento de cinco milhões de euros e fará com que o troço entre as praças Cibeles e del Callao passe a oferecer apenas quatro faixas de rodagem, duas em cada sentido. As laterais estarão reservadas para autocarros e táxis, ao passo que nas duas centrais as bicicletas conviverão com o resto dos veículos, estando a velocidade máxima limitada a 30 km/h. Entre as praças de España e del Callao, no sentido ascendente, os ciclistas terão um espaço independente dos automóveis.

Ainda segundo o vereador madrileno, esta remodelação reduzirá em 80% o tráfego automóvel nesta artéria, dos atuais 50 mil para 10 mil automóveis/dia, uma vez que passarão a só poder circular nesta via os residentes da zona e serviços de emergência, além de transportes públicos, bicicletas e veículos não poluentes. “Será uma rua mais verde e amável, com espaços para nos sentarmos e onde se dará prioridade aos peões, que são os grandes esquecidos. Serão eles os protagonistas da Gran Vía”, precisou Calvo.

Quanto aos automobilistas, o Calvo afirmou que “terão de procurar alternativas. Em nenhuma cidade moderna os automóveis passam pelo centro. A modernidade segue essa linha e Madrid estava muito atrasada”, concluiu.

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