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Randstad Portugal já trabalha com uma dezena de robôs

Falamos de robôs de software, isto é, de uma espécie de scripts executados num computador normal para efetuar processos repetitivos, que estão a ser usados unicamente em tarefas da área financeira.
14 Outubro 2017, 15h00

A inteligência artificial e a robotização ganham protagonismo nas empresas a cada dia que passa. “A realidade mostra que um robô já consegue substituir cerca de oito colaboradores em full-time dedicados à introdução de dados em sites governamentais, levando esses colaboradores a ser transferidos para outro trabalho mais significativo”, revela Remco Brouwer para, a seguir, justificar:
“Dessa forma é melhorada a produtividade geral e a satisfação e competências dos funcionários”.

“Transformação Digital na Organização”, um dos temas candentes da atualidade, trouxe o senior Vice-President Digital Transformation da Randstad Holding a Lisboa, à conferência da Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações (APDC), na qual foi orador. Ao Jornal Económico, o especialista falou dos desafios e das mais-valias que as empresas têm pela frente e da forma como a Randstad está a integrar o digital na sua própria transformação interna. “No nosso caso concreto, já temos perto de 10 robôs (de software) instalados na Randstad Portugal desde 2015, que funcionam 24 horas por dias, sete dias por semana.”

Os robôs utilizados pela Randstad Portugal são robôs de software, não são equipamentos físicos. “Estes robôs são uma espécie de scripts executados num computador normal, imitando um humano ao efetuar tarefas e processos repetitivos”, explica, clarificando que a Randstad Portugal usa estes robôs na área financeira. Aos seus clientes de outsourcing, a Randstad oferece propostas à medida e de acordo com as necessidades apresentadas.

Em termos globais, a nível da robotização, a Randstad “está a encarar todas as opções”. Segundo conta Remco Brouwer, durante uma viagem feita recentemente a Sillicon Valley, o conselho executivo do grupo dedicou bastante tempo a soluções de robótica, procurando entender melhor as ameaças mas também as oportunidades neste domínio. “Esperamos que as funções relacionadas com RPA (Robotic Process Automation) possam ser executadas por robôs em breve. Quanto mais anteciparmos, melhor capacidade teremos para atender os nossos clientes”, realça.

No que concretamente respeita à operação portuguesa, o responsável da Randstad diz que estas transformações exigem uma abordagem tech & touch. Justifica-se, diz, por um lado, “porque estamos a progredir a um ritmo muito rápido nas ferramentas tecnológicas, entregando resultados rapidamente e dando valor acrescentado aos negócios, e, por outro, porque precisamos entender que as pessoas são o centro de qualquer mudança e transformação.

Desta forma, conclui: “Podemos dizer que o maior desafio passa por encontrar o equilíbrio certo entre as competências, as mudanças culturais e as novas ferramentas tecnológicas. Acreditamos que a Randstad Portugal está a ir bem na sua jornada rumo à transformação digital.” Este é, de resto, o caminho que vai levar mais além, diz Remco Brouwer. Se querem competir no futuro, as empresas não têm outra opção a não ser alinhar no novo paradigma. Mais do que um fator diferenciador, a transição para o digital tornou-se inevitável.

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