O chefe do Governo da Catalunha, Carles Puigdemont, assegurou hoje, em Barcelona, que os catalães vão resistir “de forma pacífica” ao “ataque à democracia” que Madrid está a fazer.
Puigdemont anunciou, numa declaração televisiva, que pedirá ao parlamento regional para celebrar uma reunião para decidir sobre “a intenção de liquidar” o governo catalão, naquele que considera ser “o pior ataque às instituições” democráticas desde o tempo do ditador Francisco Franco, sublinhando que o governo espanhol está a “menosprezar a vontade popular”.
O líder da Catalunha respondeu assim às medidas apresentadas hoje em Madrid pelo Governo espanhol para restaurar a legalidade na Catalunha, que incluem o afastamento de Carles Puigdemont e a sua equipa, com as suas responsabilidades a passarem a ser assumidas pelos respetivos ministérios setoriais em Madrid.
O primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, enumerou quatro objetivos para justificar a aplicação do artigo 155 da Constituição espanhola e passar a assumir o controlo da Catalunha, uma situação inédita desde a transição democrática iniciada em 1977.
Recuperar a legalidade na Catalunha; devolver a normalidade da convivência; continuar a recuperação da economia catalã e realização de eleições autonómicas no prazo de seis meses, explicou o chefe do executivo espanhol após um Conselho de Ministros Extraordinário.
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