A Bolsa de Lisboa fechou esta quarta-feira com perdas, em linha com as principais pares europeias e numa altura em que os investidores esperam a reunião do Banco Central Europeu para ter novidades sobre a política monetária da zona euro no próximo ano. Em Portugal, o índice de referência PSI 20 perdeu 0,84% para 5.368,93 pontos, com 15 das 18 cotadas no vermelho.
A liderar as perdas esteve a Sonae, que caiu 1,65% para 1,013 euros, enquanto a concorrente Jerónimo Martins perdeu 0,32% para 15,780 euros. O único representante da banca no índice, o BCP, recuou 1,34% para 0,249 euros.
Na energia, a Galp caiu 1,32% para 15,350 euros, enquanto a EDP recuou 0,67% para 2,950 euros, a EDP Renováveis perdeu 0,95% para 6,991 euros e a REN deslizou 0,23% para 2,660 euros.
Em sentido positivo, fecharam apenas a Mota-Engil, a avançar 0,33% para 3,302 euros, a Pharol, a ganhar 0,94% para 0,430 euros e a Ibersol, a subir 2,46% para 12,500 euros.
“As bolsas estão a lateralizar há vários dias consecutivos, com os investidores receosos quanto ao Brexit e à situação de Espanha. Estes fatores estão a provocar períodos de consolidação colocando os investidores em stand by até à reunião do BCE amanhã para ver variações mais acentuadas”, explicou o gestor da corretora XTB, João Tenente.
Entre as principais bolsas na Europa, o alemão DAX perdeu 0,46%, o francês CAC 40 recuou 0,42%, o espanhol IBEX 35 caiu 0,50% e o italiano FTSE MIB recuou 0,77%. No dia em que o representante britânico para as negociações do Brexit, David Davis, respondeu a perguntas do Comité para a Saída da União Europeia, o índice britânico FTSE 100 tomba 1,03%.
No mercado cambial, o euro valoriza 0,36% para 1,1803 dólares, enquanto os juros das obrigações da zona euro descem de forma generalizada. No caso de Portugal, as yields da dívida a dez anos negoceiam no mercado secundário nos 2,30%.
Após meses de debate intenso sobre o assunto, o tapering, ou a redução gradual da compra de ativos, deverá ser anunciado esta quinta-feira, depois da reunião do Conselho de Governadores do BCE. O consenso entre os economistas consultados pela agência Reuters aponta para uma redução de 20 mil milhões por mês a partir de janeiro e até, pelo menos, setembro de 2018.
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