Este sport utility vehicle de quatro cilindros e uma potência de 204 cv tem capacidades únicas e percetíveis depois de uma longa corrida pelas estradas nacionais. A capacidade de distribuição eletrónica entre os eixos confere uma tremenda fiabilidade e uma capacidade de aderência pouco habitual num veículo grande e alto como é este GLC. Herdeiro da antiga família GLK, o GLC tem personalidade e compete diretamente com o X3 da BMW e o Q5 da Audi. Ser “estrelado” é relevante nestes comparativos, assim como as performances conseguidas. Na condução é relevante perceber o comportamento de um veículo diesel de quase 2150 cm3 e que faz dos zero aos 100 Km em 7,6 segundos, uma grande performance para o tamanho e peso que apresenta.
No consumo não foi possível ficar perto da média de fábrica que indica os 6,3 l/100 Km em piso misto, já que o melhor que conseguimos foi uma média de 8 l/100 Km e em algumas circunstâncias ficámos um pouco abaixo. Em termos de consumo não ganha, mas vence em autonomia já que a marca optou por um tanque grande de 66 litros, o que contrasta com alguns modelos que têm optado por capacidades bem abaixo, que tornam as viagens em zonas de interior incómodas e que se apresentam sem locais de reabastecimento.
Em termos tecnológicos nada a repreender. Para viagens longas, a transmissão automática 9G-Tronic funciona corretamente, mesmo em situações críticas de desaceleração ou de aceleração em ultrapassagem. Além disso, a manutenção permanente das quatro rodas motrizes em funcionamento é uma garantia absoluta de estabilidade e controlo, sobretudo para o período de chuva que se avizinha. O posicionamento deste SUV associado à família dos classe C tem vindo a ser renovado desde o primeiro lançamento. No futuro a curto prazo, a marca alemã apresentará motorizações eletrificadas. Aliás, há dois meses foi anunciado em Frankfurt o modelo de pré-produção com motorização híbrida a células de combustível, o GLC FCELL EQ Power. A autonomia será elevada, dentro dos modelos convencionais, mas também terá tempos de reabastecimento reduzidos, permitidos pelo motor a hidrogénio, e… com emissões zero.
Esse será o futuro mas, para já, temos o GLC diesel 4Matic que, de base, tem todos os extras de pré-segurança, desde deteção de peões ao active break assist para evitar colisões a pequena velocidade, e ainda as luzes de travão adaptativas. Também de série estão as oito colunas de som para experienciar um som inesquecível, um portão traseiro de acesso fácil e o cruise control para viagens longas em autoestrada. E há extras que vale a pena pagar. A marca apresenta o sistema de luzes inteligente, com assistente de máximos, que é algo essencial nas viagens em estradas nacionais. O valor fica ligeiramente acima dos 1.400 euros. Para quem gosta (e tem dinheiro) de um automóvel de perfil desportivo, o pack AMG está disponível por cerca de três mil euros, enquanto o comando de chave é um extra a que nos habituamos rapidamente.
Mais do que a tecnologia de ponta, são as linhas do interior de luxo, com grande sofisticação e pormenor, tanto no display e nos comandos de acesso como nas indicações possíveis a partir do volante, que fazem a diferença. O exterior mantém a imponência e a arrogância de um carro “estrelado”.
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