As autoridades encerraram a discoteca Urban Beach, em Lisboa, na madrugada de hoje, depois do episódio das agressões a dois jovens junto às instalações daquele estabelecimento de diversão noturna, disse à Lusa o administrador do espaço. Em declarações à agência Lusa, Paulo Dâmaso disse que o espaço foi encerrado cerca das 03:00 pelas autoridades policiais, por ordem do Ministério da Administração Interna.
“O Ministério da Administração Interna determinou o encerramento do estabelecimento K Urban Beach, na sequência dos acontecimentos da madrugada de 1 de novembro. A avaliação assentou igualmente nas 38 queixas efetuadas à PSP sobre este estabelecimento ao longo do ano de 2017. A notificação do despacho do Ministro da Administração Interna foi feita cerca das 04h30 e o estabelecimento encerrado com a evacuação das pessoas que se encontravam no interior. A decisão foi tomada após audição do Presidente da Câmara Municipal de Lisboa”, explicou o Governo, em comunicado.
Numa nota emitida ao início da madrugada, o administrador da Urban Beach repudiou a agressão de dois jovens junto às suas instalações, ocorrida na madrugada de quarta-feira e que envolveu seguranças que prestam serviço na discoteca, e disse que se tratou de um problema de segurança na via pública. A Urban Beach manifestou-se disponível para colaborar nas investigações. O administrador defende ainda que o crime “tem cara e é visível para todos os que visualizaram o vídeo”, ocorreu na via pública e, por isso, é “um problema estritamente de segurança na via pública”.
O administrador da Urban Beach acrescentou que já entregou o caso aos advogados da Urban Beach, para acionarem “todos os mecanismos legais contra os responsáveis pela ocorrência” e defendeu que os seguranças – que agrediram os jovens – são da exclusiva responsabilidade da empresa PSG. Segundo o mesmo porta-voz, a discoteca já tinha contactado a empresa PSG, exigindo a suspensão imediata dos seguranças envolvidos no caso e a instauração de processos disciplinares.
O administrador da Urban Beach aproveitou ainda para recordar que já por diversas vezes solicitou “um policiamento efetivo e eficaz nas imediações de todos os seus estabelecimentos de diversão noturna e volta a insistir no pedido, “a fim de evitar de uma vez por todas futuras situações de insegurança na via pública”. “O Grupo K tem uma estrutura de diversão noturna com trinta anos espalhada por diversas casas de norte a sul do país e a sua imagem está a ser posta em causa por factos que estão perfeitamente identificados de terceiros”, conclui o administrador do bar lisboeta.
Entretanto, o Ministério Público abriu um inquérito sobre as agressões, investigação que decorre em articulação com a PSP. No vídeo das agressões, divulgado nas redes sociais, é possível ver alegados seguranças do clube noturno a agredirem violentamente dois homens, que aparentemente estavam indefesos e não demonstravam qualquer resistência.
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