Índice de bem-estar: Portugueses têm menos dinheiro, mas estão a viver melhor

O Índice de Bem-estar (IBE) da população portuguesa evoluiu de forma positiva entre os anos de 2004 e 2011, tendo registado uma ligeira descida em 2012. A partir daí, este índice – que observa a evolução do bem-estar da população – tem registado uma subida contínua, com o ano de 2016 a não ser exceção. Os mais recentes dados do INE apontam para uma estimativa de 123,7, o valor mais alto dos últimos 12 anos. Para alcançar o IBE, o INE recorre a dois índices sintéticos – “Condições materiais de vida” e “Qualidade de vida” –, que também registam um crescimento sustentado a partir de 2013.

O INE revela que os dados agora apresentados advêm de evoluções diferenciadas nos vários domínios que os suportam: para a evolução das Condições materiais de vida contribuiu positivamente o comportamento do domínio do Bem-estar económico; ao passo que, o domínio Trabalho e remuneração concorreu de forma significativa para a descida do índice sintético de Condições materiais de vida com um decréscimo de 26,3 pontos percentuais entre 2004 e 2015. No entanto, tal como sucedeu com o domínio da Vulnerabilidade económica, o índice respetivo, após ter atingido um valor mínimo em 2013 (70,0), cresceu nos anos seguintes, projetando-se novo crescimento para 2016.

Relativamente aos domínios que explicam o bem-estar em matéria de Qualidade de vida, três deles contribuíram destacadamente para a evolução globalmente positiva registada nesta perspetiva. Em primeiro lugar, o domínio da Educação, conhecimento e competências teve uma evolução em índice muito positiva, com os dados preliminares de 2016 a revelarem a manutenção desta tendência, estimando-se um índice de 213,5. Em segundo lugar, o domínio da Participação cívica e governação tem vindo a crescer, atingindo em 2015 o valor de 147,6. Por último, o índice relativo ao domínio do Ambiente aumentou regularmente desde 2008, registando-se apenas um pequeno decréscimo em 2015 face ao ano anterior (128,8). Os dados preliminares de 2016 mantêm esta tendência de aumento, estimando-se um índice de 131,5.