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‘Geringonça’ pode levar Centeno à liderança do Eurogrupo

Segundo uma análise do Politico, pertencer ao “Governo socialista mais bem sucedido da Europa” é a vantagem do atual ministro das Finanças português na corrida à presidência do grupo.
6 Novembro 2017, 16h49

A eleição para o próximo presidente do Eurogrupo acontece dentro um mês, mas a discussão começou esta segunda-feira e o ministro das Finanças português faz parte da shortlist de seis candidatos. Ryan Heath, cronista do Politico para os assuntos europeus, acredita que o sucesso do Governo português poderá dar vantagem a Mário Centeno.

Do lado dos prós, Centeno tem o facto de pertencer “ao Governo socialista mais bem-sucedido da Europa” e ser “de um pequeno país”, de acordo com Heath. No entanto, o cronista aponta como contra “Portugal ter saído apenas recentemente do bailout da União Europeia”.

“As pessoas a observar são os que querem substituir Jeroen Dijsselbloem como presidente do Eurogrupo”, explicou Health, lembrando que não há regras formais sobre a nomeação, pelo que o resultado é menos previsível. “A aposta está em qualquer pessoa excepto alguém do European People’s Party, que já detém três dos quatro lugares de topo na UE”.

Os restantes candidatos apontados como concorrentes contra Centeno são o social-democrata Pierre Gramegna (Luxemburgo), o socialista Peter Kažimír (Eslováquia), Dana Reizniece-Ozola (do partido Os Verdes na Eslovénia). O Politico aponta ainda Bruno Le Maire (França) e Pier Carlo Padoan (Itália) como outsiders, mas possíveis candidatos ao lugar.

Depois de um mês de discussões e de o holandês Djisselbloem deixar a liderança do órgão informal que reúne os ministros das Finanças da zona euro, a decisão deverá ser anunciada a 4 de dezembro.

Em setembro, Mário Centeno afirmou, em entrevista à RTP, que mais importante do que presidir o Eurogrupo é que os ideais que Portugal tem para a Europa sejam discutidos e defendeu que está focado nas contas públicas e estabilização da economia. Na mesma semana, o primeiro-ministro António Costa também admitiu que Portugal poderá apresentar uma candidatura do ministro das Finanças à presidência do Eurogrupo.

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