O ministro da Economia elogiou esta quarta-feira as evoluções no setor financeiro e reforçou a ideia de que a consolidação das contas públicas é importante para os investidores nacionais e internacionais.
“Os principais bancos foram capitalizados. Houve entrada de capital e reforço da sua relação com grandes grupos internacionais [no setor financeiro]. Demonstra que esses grupos internacionais olharam para essas instituições, fizeram as reformas necessárias e acreditaram que era o momento para a recapitalização. Só o fizeram porque acreditaram que esses projetos têm futuro”, afirmou Manuel Caldeira Cabral, esta manhã.
À margem do evento M&A Outlook: Portugal Breakfast Briefing, organizado pela Mergermarket em parceria com a Cuatrecasas, o governante sublinhou que há dois anos não era essa a realidade, mas ainda é necessário resolver a questão dos créditos malparados. “Ainda temos os NPLs (nonperforming loans). É uma questão muito séria e não podemos deixar que se tornem insolvências”, explicou.
Relativamente ao setor público, Manuel Caldeira Cabral frisou que “são bem conhecidos os dados” e que houve um “novo impulso” no crescimento económico do país, ficando acima da média europeia. “Alterámos a política para reforçar o crescimento”, assegurou, acrescentando que o resultou “bem”, como por exemplo, numa “maior confiança dos cidadãos”.
“O mais interessante é que a descida do desemprego está a ser feita com uma base de criação de emprego mais forte e não pela saída de pessoas”, garantiu o responsável pela tutela da Economia. Pela primeira vez em Portugal, o encontro recebeu figuras importantes “para quem nos visita, para quem faz investimento em Portugal”, de acordo com o representante do Governo no briefing.
Na semana em que decorre a Web Summit, Manuel Caldeira Cabral aproveitou a ocasião para referir que ainda que a consolidação das contas públicas é importante para quem investe no país. “A estabilidade fiscal é nota importante mas sem a consolidação das contas públicas seria uma insegurança”, adiantou, enfatizando que Portugal reforça a sua posição quando aceita investimento de países como a China, a Índia ou o Brasil.
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