Experienciar as várias motorizações do Classe E, desde o motor de 150 cv ao motor de 258 cv, é algo fantástico. Mais. Experimentar algumas das facilidades que os carros futuros irão ter é algo surreal. Passamos a explicar. A viagem é feita na A1 em direção ao Porto e queremos sentir o que poderá ser no futuro uma condução semiautónoma. Damos instrução ao veículo para se manter dentro da faixa de rodagem, à velocidade limite dos 120 Km/h e podemos tirar as mãos do volante durante 60 segundos. Findo este período o veículo pede para que o condutor dê sinal de vida – que é o mesmo que dizer que terá de pressionar uma parte do volante. Até aqui nada de novo, pois vários modelos já têm o dispositivo de leitura e correção de faixa com a obrigação de manter as mãos a cada minuto em contacto com o volante. Só que no caso dos novos Classe E o carro faz o ajustamento da velocidade e mantém a distância relativamente ao veículo da frente, acelerando quando este acelera, ou reduzindo a velocidade quando o da frente o faz. A experiência ao fim de alguns quilómetros torna-se viciante pois, contrariamente ao que esperávamos, não é enfadonho conduzir sem ter necessidade de controlar todos os instrumentos e fazer manobras rápidas e evasivas. Isso é uma condução desportiva, não de viagem em família.
Mas os modelos experimentados tinham mais do que isso. Já pensou como pode um carro efetuar uma ultrapassagem sem necessidade de mexer no volante e voltar a reentrar na faixa mais à esquerda? O software já existe e funciona sem falhas. O que é que o carro exige? Uma ordem, que é dada pela manobra de colocação do pisca para a esquerda, o que é interpretado pelo carro como a vontade de efetuar a ultrapassagem. Os vários radares analisam as condições de segurança, efetuam a manobra e esperam que o condutor efetue a manobra do pisca para a direta para iniciar a manobra de retoma da faixa mais à direita. Torna-se viciante experimentar este tipo de aplicações de ajuda à condução e de segurança.
A par das novas tecnologias, aquilo que o Classe E oferece é grande conforto, capacidade de manobrabilidade e qualquer uma das motorizações experimentadas reage na perfeição. Claro que nesta experiência pelo centro e norte do país o campeão foi o E 350 d com os seus 258 cv e quase 3 mil cm2. Este motor V6 está disponível em veículos limousine e station. E dentro da família E está prometido para dezembro o lançamento do E 300 com 245 cv. O objetivo da Mercedes é suprir a necessidade de uma potência intermédia. A nível de eficiência a série E 220 d é aquela que se apresenta com a melhor relação eficiência versus potência, com consumos mais racionais.
Como a viagem foi feita com chuva o Cabrio não ganhou as apostas, mas esperam-se melhores dias e então será tempo de experimentar a tecnologia de abertura rápida em 20 segundos, podendo circular até 50 Km/h e assumir uma versão desportiva com o ângulo dos vidros tolamente abertos. E sem esquecer os pequenos grandes detalhes como seja o defletor na parte superior do para brisas capaz de reduzir o impacto do vento. Existe ainda um defletor na zona traseira.
Todos os modelos são irrepreensíveis a nível de transmissão, com caixa automática G-Tronic de 9 velocidades e que consegue desmultiplicações muitos rápidas. A tecnologia IDrive associada aos faróis Led com câmara no para brisas consegue calcular as condições ideais de iluminação. Para o estacionamento não esquecemos o assistente que coloca e retira o veículo de locais apertados.
E não podemos esquecer a tecnologia “pré-safe” de “impulse side” que na eminência de uma colisão ou embate afasta o condutor para o centro do veículo. E mais. Com o “pré-safe sound” o ouvido interno do condutor é preparado para o eventual sinistro.
Ainda nos falta o Al-Terrain. Um carro que mais parece um SUV mas não é e que trabalha com tração integral permanente, podendo elevar a suspensão em 20 mm enquanto circula até 35 km/h.
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