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Polícias nunca consultaram lista de pedófilos desde que foi criada

Os únicos pedidos de acesso só foram feitos por juizes ou procuradores para fins de investigação, quando já há crime ou suspeita de crime.
22 Novembro 2017, 10h49

O registo criminal com a lista dos nomes dos condenados por crimes contra a autodeterminação sexual e a liberdade sexual menor, criada em 2015, nunca foi consultado pela PSP, GNR ou PJ.

Conhecida como “Lista de Pedófilos”, a base de dados especialmente criada para o uso dos órgãos de investigação criminal , só foi consultada por juízes ou procuradores. De acordo com o Público, os pedidos de acesso ocorreram numa fase da investigação  em que não é possível prevenir, mas  quando já há crime ou suspeita de crime.

Ao mesmo jornal, a Guarda Nacional Republicana e a Polícia de Segurança Pública assumiram oficialmente que nenhum dos seus elementos consultou ou pediu acesso à base de dados, passados dois anos da criação. Já a PJ não assumiu qualquer posição oficial.

A base de dados reúne durante cinco anos todos os dados de quem tiver sido condenado até um ano de prisão. Em caso da pena cumprida ter sido superior a dez anos, o condenado fica 20 anos na lista.

A lista de condenados por pedofilia foi criada pela ex-ministra da Justiça Paula Teixeira da Cruz, a 22 de Novembro de 2015, por existir uma elevada taxa de reincidência  nos crimes de pedofilia. À época a medida criou polémica, principalmente porque a Comissão Nacional de Proteção de Dados apontou várias inconstitucionalidades.

A lei só foi aprovada depois de ser retirada a possibilidade de os pais terem acesso à lista ou poderem saber, junto das autoridades, se determinado individuo foi ou não condenado por pedofilia.

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