Claro que os 160 km de capacidade que uma bateria pode dispensar é meramente teórico. A prática diz-nos que um condutor normal fará cerca de 130 km, o que é o dobro da média nacional nas deslocações ao emprego. Mas o que suscita um interesse tão grande nos novos smart totalmente elétricos e que faz com que o slot de produção para Portugal para este ano já esteja totalmente tomado há alguns meses? Primeiro o design e depois a tecnologia, que tem sido uma evolução constante, iniciada há dez anos, e que dentro de dois será única e exclusivamente elétrica.
O design e a estrutura de construção não mudaram com a célula de segurança Tridion, mantendo o reconhecimento de sempre. Falamos do smart fortwo, que continua a ser um carro pequeno mas com uma escolha ampla de cores, que correspondem ao espírito do condutor. Os retrovisores são garantidamente verdes, símbolo do objetivo da marca relativamente ao ambiente. Depois vem a tecnologia e aqui há grandes evoluções. O motor elétrico gera 82 cv de potência e é mais do que suficiente para superar a velocidade permitida em autoestrada, sendo que esse mesmo motor está instalado no eixo traseiro e transmite a potência às rodas através de uma relação constante. Isto significa que no arranque é um torpedo, ficando disponível um binário de 160 Nm. Mais. Explica a marca que o smart necessita apenas de uma relação de transmissão fixa, ou seja, não há necessidade de efetuar passagens de caixa. E na marcha atrás inverte-se o sentido da rotação do motor. Simples e eficiente.
Recentemente a marca apresentou a edição com quatro lugares, o smart forfour, depois de já ter revelado – dentro da quarta geração – os modelos smart electric drive, o fortwo coupé e o fortwo cabrio. A marca anunciou recentemente um portefólio só de elétricos. Nas novas viaturas existe um carregador de elevada potência, que deverá levar duas horas e meia a carregar numa tomada. Para quem tem um quadro trifásico, em 2018, e como opcional, poderá adquirir um potente carregador de 22 Kw que carrega em 45 minutos. Acabaram as esperas de uma noite para ter um elétrico operacional. Bastará deixá-lo a carregar antes do jantar e depois terá o smart para a noite.
Típico desta tecnologia é a regeneração, i.e., a conversão da energia cinética em energia elétrica durante o tempo de travagem. Esta solução é controlada a partir de um sensor de radar que antecipa as condições do trânsito e seleciona o nível de regeneração. Outra novidade que para a maioria dos veículos elétricos e híbridos é um problema: o sistema de climatização consome energia e, por isso, desliga-se com frequência. O smart resolveu o problema com um sistema de pré-climatização que faz com que o veículo mantenha a temperatura interior desejada enquanto a bateria é carregada. Isto significa que no arranque da viagem é poupado o esforço inicial da bateria para adequar o habitáculo à temperatura pretendida.
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