O sistema bancário enfrenta atualmente uma vaga de regulamentação que pode mesmo atingir um “tsunami”, considera Luís Barbosa, partner da PwC Portugal, que abordou o futuro da agenda do risco no negócio bancário, no Fórum Banca 2017, promovido pelo Jornal Económico e pela PwC.
Sem esquecer o ponto de vista político, com o mundo mais volátil, o especialista realça o peso da regulamentação, sublinhando que “já existem muitas mudanças em pipeline, podendo mesmo falar-se de um verdadeiro tsunami”.
Numa altura em que o BCE “está mais transparente do que nunca”, tendo já dado a conhecer os seus planos a três anos, Luís Barbosa destacou importância crescente do papel das fintech e dos desafios que apresentam para a “piscina de regulamentos”, onde se destaca o Basileia IV , sendo que em termos de regulamentação existe “muita informação por esclarecer e assentar”, bem como tudo que diz respeito à regulamentação dos mercados.
No campo dos desafios e das principais tendências, a banca enfrenta novos riscos. No entender do especialista, é preciso ter em conta que o mundo está hoje muito mais dinâmico, num esforço por restaurar a confiança, num contexto em que os bancos estão mais viáveis.
Porém, ressalva, existem riscos latentes, desde logo com as persistentes e históricas taxas de juro baixas. mas também no que diz respeito à supervisão que está muito mais perto das instituições. Em resposta a esta proximidade, os bancos têm de estar mais preparados para dar as informações que vão sendo pedidas e em tempos mais curtos.
Por outro lado, em termos de gestão de risco, destaca-se uma check list muito definida, sendo que a própria gestão tem de ser mais eficiente e mais produtiva. “Temos trabalhado em alinhar o risco com aquilo que sãos procedimentos de gestão, fazendo com que os processos sejam mais sustentáveis”, destacou ainda.
O partner da PwC notou ainda para os grandes desafios do ponto de vista do risco tecnológico, sobretudo em termos operacionais, numa fase em que o outsourcing vai ganhndo terreno.
Por último, a banca terá de ter em conta a nova concorrência, disruptiva, com uma estrutura de custos mais leves, com clientes mais abertos às noas tecnologias, que pretendem um serviço personalizado.
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