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Polémica desfeita: Bruxelas garante que “UE não quer banir o ‘kebab’”

A Comissão Europeia esclarece que o seu papel é garantir a segurança alimentar. Por isso, propôs a extensão da possibilidade de usar o aditivo alimentar chamado ‘fosfato’, necessários à conservação da carne utilizada no prato culturalmente originário da Turquia.
4 Dezembro 2017, 12h24

A Comissão Europeia (CE) propôs a extensão da possibilidade de usar o aditivo alimentar chamado ‘fosfato’, que é necessário em certas preparações de carne de espeto, avançou ao Jornal Económico fonte oficial da CE, assegurando que o objectivo é o de garantir a segurança alimentar, pelo que o ‘kebab’ não vai ser banido.

O esclarecimento de Bruxelas surge depois de notícias publicadas nos últimos dias que davam conta da possibilidade de uma norma europeia abolir de vez a comercialização de kebabs devido à proibição de utilização de fosfatos necessários à conservação da carne utilizada no prato culturalmente originário da Turquia.

“O aditivo permite uma congelação homogénea que impede o risco de tratamento térmico desequilibrado, garantindo, assim, que as tiras de carne assada servidas aos consumidores são seguras.”, explica fonte oficial da CE.

Segundo a mesma fonte, o projeto de proposta recebeu um forte apoio pelos Estados-membros no Comité permanente em 25 de setembro de 2017, onde 24 Estados-membros votaram a favor. “Nenhum Estado-membro questionou a segurança da utilização proposta”, assegura.

Recorde-se que a utilização de fosfatos não é autorizada em carne fresca, mas, segundo Bruxelas, eles são autorizados numa grande variedade de comida, incluindo em produtos de carne e preparados de carne. “A extensão do seu uso aos espetos verticais de carne congelados não tem um impacto significativo na exposição geral aos fosfatos”, esclarece a Comissão.

A Comissão Europeia propôs, assim, expandir o regime de exceção  parapermitir o uso de fosfatos nestes espetos verticais usados para os ‘kebabs’, e sobre os quais até agora não havia regulação.

Esta semana, a comissão de Saúde do Parlamento Europeu emitiu uma resolução a chumbar esta proposta da Comissão Europeia, mas Bruxelas argumenta que as autorizações ao abrigo do regime de exceção “têm em conta o limite máximo diário recomendado para a ingestão de fosfatos”.

 

 

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