“Fiquei perplexo, jamais poderia imaginar tal coisa”. Foi assim que Rui Costa, neste momento presidente do Sport Lisboa e Benfica caraterizou a forma como recebeu a notícia da detenção do seu antecessor, Luís Filipe Vieira. Mas, em entrevista ao Jornal da Noite da TVI, o antigo jogador disse que “a minha esperança é que o processo não passe disto” – até porque “até hoje [Vieira] não é acusado”.
“No Benfica esperamos que o processo não passe disto”, reforçou Rui Costa, que “não podia de forma alguma não assumir esta responsabilidade. Acordo como diretor desportivo e acabo com presidente do Benfica”, disse, para explicar que em nenhuma circunstância colocou a hipótese de não aceitar substituir Luís Filipe Vieira. Entre outras razões, explicou, “porque o processo do empréstimo obrigacionista do Benfica” estava em cima da mesa.
Quanto ao facto de uma sua empresa, a Futlev, ter sido indicada como possível implicada no processo do anterior presidente, Rui Costa disse que “é uma canalhice”, dado que a empresa “não agencia jogadores”, mas serve apenas para aluguer de espaços onde se pratica desporto de lazer “aberto ao público”.
Tenho orgulho sempre que represento o Benfica”, disse Rui Costa na TVI, para explicar que “foi isso que me fez assumir esta responsabilidade. Se não o tivesse feito, seria uma cobardia”. Mesmo assim, Rui Costa compreende que a reação do seu antecessor quando soube que tinha sido substituído: “não era fácil”, admitiu. “Tenho a certeza que ele sabe que eu jamais seria ingrato para com ele”, afirmou – para explicar que “naquele momento era preciso defender intransigentemente os interesses do Benfica”.
Quanto a uma possível assinatura de um documento relacionado com o Benfica que lhe pudesse parecer duvidoso, Rui Costa foi perentório: “não!” “Jamais posso pensar que possa assinar qualquer coisa” que não seja estritamente legal.
A minha primeira premissa é que no Benfica tudo seja feito com a máxima transparência. Não vou abdicar disso”, reforçou, antes de não admitir que vai candidatar-se à presidência do Benfica. “Toda a gente que trabalha comigo está proibida de falar em eleições”, afirmou – um tabu que não esconde que “vai haver eleições até ao fim do ano”. “Tenho tempo para pensar”, afirmou.
Disse de seguida que “admito rever os estatutos” do Benfica, “mas tudo a seu tempo. O foco agora é estabilidade e preparar a equipa” para os próximos embates desportivos que se avizinham.
Quanto ao empréstimo entretanto colocado, “não foi o melhor”, mas no enquadramento atual foi muito positivo, disse.
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