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Despedimento coletivo na Altice vai abranger 32 pessoas

Das 246 pessoas inicialmente abrangidas, 42 ficaram de fora por razões sociais e 172 aceitaram rescisões. João Proença diz que Altice fez o possível.
13 Agosto 2021, 09h47

O despedimento coletivo na Altice Portugal vai abranger 32 colaboradores, uma vez que a maior parte das 204 pessoas inicialmente abrangidas aceitaram os acordos de rescisão propostos pela operadora dona do MEO, apurou o Jornal Económico.

As condições de rescisão são mais generosas que as do despedimento coletivo. Neste, os trabalhadores terão direito a 0,95 ordenados por cada ano de serviço, ao passo que nos acordos de rescisão a empresa oferece à volta de 1,4 ordenados por cada ano, embora a negociação seja feita caso a caso, sabe o Jornal Económico.

Do total de 246 colaboradores inicialmente abrangidos, 42 foram excluídos após análise individual no âmbito da responsabilidade social do grupo Altice e outros 172 aceitaram as condições oferecidas para rescindir contrato, apurou o Jornal Económico. Outras 32 não aceitaram rescindir e poderão avançar com processos judiciais para travar o despedimento coletivo, segundo foi anunciado esta semana pela Comissão de Trabalhadores (CT) da empresa. “Perante a situação existente, os processos para tribunal estão a ser preparados com o apoio e o empenho dos sindicatos da frente sindical”, referiu a CT.

A Altice tem defendido que a redução de pessoal é inevitável. À Lusa, fonte oficial da operadora afirmou que se trata de uma “uma decisão difícil, mas que se afigura como indispensável, essencialmente devido ao contexto muito adverso que se vive no setor das comunicações eletrónicas”.

João Proença diz que foram respeitados direitos
O antigo secretário-geral da UGT, João Proença, integra o Conselho Consultivo da Altice para o Desenvolvimento dos Recursos Humanos e das Relações Laborais. Este órgão “tem procurado incentivar o diálogo social na empresa e proposto soluções que minimizem o impacto social das reestruturações”, disse ao JE.

“A empresa, com muito mais de 50% do emprego direto e indireto do setor das telecomunicações, tem procurado soluções de ajustamento por via da adesão voluntária dos trabalhadores. São soluções cujas vantagens são sempre superiores aos custos, como bem o demonstrou o sucesso recente do Programa Pessoa. Um despedimento coletivo é sempre muito doloroso e deve ser sempre utilizado em último recurso”, disse.
“Parece-nos não só ter sido este o caso, como também que o mesmo foi acompanhado de medidas que reduziram significativamente os impactos negativos, individuais e coletivos, tendo sido celebrados acordos com a grande maioria dos trabalhadores envolvidos”, salientou João Proença, reconhecendo que “o conflito nestes processos é inevitável”.

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