A EDP Energias de Portugal fez a primeira emissão de obrigações ‘verdes’ em 2018, numa altura em que não era ainda claro se esse tipo de dívida, que obedece a critérios ambientais, iria ser mais barata do que as obrigações convencionais. Segundo o CEO da empresa, Miguel Stilwell de Andrade, ao longo do tempo essa hipótese foi confirmada num mercado com forte apetite por ativos relacionados com a transição energética, levando a EDP a emitir apenas dívida ‘verde’, ganhando vantagem competitiva atráves de custo de financiamento mais baixo.
O CEO sublinhou, esta quarta-feira no Euronext ESG Summit, que a EDP é líder em energias renováveis e na transição energética há vários anos, “faz parte do ADN” e que recentemente anunciou metas como a descarbonização a 100% em 2025 e a produção totalmente derivada de fontes renováveis em 2030. “A nossa estratégia já está há muito relacionada a toda tendência de transição ‘verde’ e energética. Portanto em termos de financiamento, acho que isso segue muito bem a nossa estratégia de negócios”, disse.
“Emitimos obrigações verdes desde 2018 e inicialmente não estava claro se esses títulos seriam mais baratos e teriam um yields menores do que os títulos convencionais, mas ao longo do tempo vimos claramente que eles superaram as obrigações convencionais e, de facto, desde 2018 não emitimos nada exceto dívida verde”, vincou.
“Portanto vemos uma vantagem competitiva aí no sentido de que é um financiamento ‘verde’, muito associado à nossa estratégia de negócios, e nos dá um custo de capital mais baixo, o que nos torna mais competitivos no final do dia”.
Para Stilwell de Andrade os investidores tendem a ver a transição energética como uma questão estrutural, o financiamento sustentável para médio e longo prazo, e acabam por estar disponíveis a pagar um prémio por isso.
“É verdade no lado da dívida, mas também vemos que no lado das ações, vemos muitos investidores a escolherem a nossa história como resultado desse foco ‘verde’ e dos componentes ESG. Isso traduz-se às vezes em múltiplos maiores ou apenas no facto de eles escolherem a EDP nos permite criar uma boa base de investidores como resultado”, concluiu.
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