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Venda da dona da Nacional e Milaneza notificada à Autoridade da Concorrência

A AdC informa ter sido notificada da operação de concentração na Cerealis, pela Teak Capital, holding pessoal de Carlos Moreira da Silva, e pela Tangor Capital, da família Silva Domingues, mantendo o grupo em mãos portuguesas.
27 Agosto 2021, 14h37

A compra do grupo Cerealis, do sector das massas alimentícias e farinhas industriais, pelas sociedades de investimentos Tangor Capital e Teak Capital, foi notificada à Autoridade da Concorrência (AdC).

Num aviso, publicado no seu site, a AdC informa ter sido notificada da operação de concentração na Cerealis, pela Teak Capital, holding pessoal de Carlos Moreira da Silva, e pela Tangor Capital, da família Silva Domingues, mantendo o grupo em mãos portuguesas.

A Tangor Capital é uma sociedade de investimentos nos setores industriais, financeiro, imobiliário e da educação, segundo o aviso, enquanto a Teak Capital é uma empresa holding de investimento nos setores industriais, financeiro, imobiliário, da educação e da saúde.

A Cerealis é uma empresa de indústria cerealífera, nomeadamente de moagem de cereais, produção de massas alimentícias, bolachas e flocos de cereais, e comércio, distribuição, exportação e importação de cereais e produtos derivados, além de serviços no âmbito da comercialização e distribuição daqueles produtos.

A mudança de donos foi comunicada há uma semana pela Cerealis, em comunicado, no qual destacava que o se irá manter 100% portuguesa e anunciando o acordo firmado entre as famílias Amorim e Lage com as famílias Moreira da Silva e Silva Domingues.

Nesse comunicado, destaca que a empresa foi fundada em 1919 e três gerações das famílias Amorim e Lage desenvolveram o grupo ao longo de um século.

Com fábricas na Maia, Porto, Trofa, Coimbra e Lisboa, e ainda uma participação de 33,3% na Europasta, empresa de massas alimentícias com sede na República Checa, a Cerealis detém as marcas Milaneza, Nacional, Harmonia e Concordia.

Há três anos, em julho de 2018, a Ceralis anunciou a conclusão da ampliação da fábrica de cereais da Trofa, distrito de Porto, que passou a ter uma capacidade de produção de 90 toneladas por dia.

Na altura, o grupo empregava, no total, cerca de 700 colaboradores, transformava mais de 480 mil toneladas de cereais por ano, tinha mais de três mil clientes e estava representado em todos os continentes.

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