O Partido Socialista (PS) disse esta quarta-feira que é uma “tremenda injustiça o ataque” do antigo primeiro-ministro José Sócrates à direção do partido e ao seu secretário-geral, António Costa. A líder parlamentar socialista, Ana Catarina Mendes, sublinhou que o PS “nunca apagou da história” José Sócrates, que é arguido na “Operação Marquês”, e lembrou que o partido sempre disse que “deixaria o processo correr na Justiça”.
“O PS nunca apagou a história, José Sócrates deu a primeira e única maioria absoluta ao PS, foi secretário-geral e primeiro-ministro. O PS, desde o início, quase há sete anos, sempre frisou que deixaria o processo correr na justiça para que fizesse o trabalho que tem a fazer”, referiu Ana Catarina Mendes, no programa “Circulatura do Quadrado” na TVI24, onde é comentadora habitual, em resposta às críticas de José Sócrates.
Horas antes, José Sócrates tinha sido entrevistado na mesma estação de televisão, onde reiterou que é “inocente” e atacou o PS e o autarca lisboeta, Fernando Medina, que o acusou de ter tido um comportamento inaceitável que “corrói o funcionamento da vida democrática”. O antigo primeiro-ministro classificou as declarações de “profunda canalhice” e apontou o dedo a António Costa por ser o “mandante” dessas palavras.
Em resposta a isso, a líder parlamentar do PS classificou a entrevista concedida por José Sócrates “é absolutamente injusta para o PS”. “Acho que há momentos em que é preciso recato. E o recato aconselhava que nós não estivéssemos aqui numa nova sessão de tentativa de explicação [da “Operação Marquês”]. Reitero que este processo está longíssimo de estar acabado, infelizmente para a Justiça”, declarou.
Na decisão instrutória do juiz Ivo Rosa, que foi conhecida na passada sexta-feira, José Sócrates foi pronunciado pela prática de seis crimes (três de branqueamento de capitais e outros três por falsificação de documentos), no âmbito da “Operação Marquês”. A maioria dos crimes de que estava acusado, incluindo os três crimes de corrupção apontado pelo Ministério Público, caíram, por prescrição e falta de provas.
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