A Ciclo Fapril trabalha em regime de subcontratação para mercados tão diversificados como o hospitalar, o automóvel, desporto, energias renováveis, construção civil, e puericultura. Carla Santos, diretora financeira da empresa, diz ao Jornal Económico (JE) que a inovação é uma característica permanentemente no seu processo produtivo, por via da industrialização dos mais diversos produtos, o que lhe permite ter uma atuação diversificada. “Apostámos [há cerca de cinco anos] no desenvolvimento, produção e venda de sistemas de elevação para as torres eólicas, construção civil, e gruas, que têm visto o seu carácter de Investigação & desenvolvimento reconhecido pela Agência Nacional de Inovação, bem como pelos clientes”, exemplifica.
A Ciclo Fapril obteve da ANI a aprovação de atividades de I&D e inovação desde 2015 relativamente ao desenvolvimento de diversos sistemas de elevação, nomeadamente o elevador cremalheira para torres eólicas em 2015, elevador para gruas em 2016, e em 2017 um novo produto para Transporte de pessoas e materiais para a construção civil com capacidade até três mil kg. “Mais recentemente, desenvolvemos um projeto sem paralelo no sector para um elevador destinado a torres-gruas com sistema de estrutura tudo em um a que designámos ‘All In One’”, aponta Carla Santos. “Esta inovadora solução surgiu num contexto industrial de crescente dinamismo do sector da construção civil, ao qual a Ciclo Fapril se encontra inevitavelmente relacionada, por via das suas soluções no âmbito dos meios de elevação, para fazer face a necessidades identificadas no mercado”, acrescenta.
Acrescenta Xabier Parra, account manager da divisão de Sistemas de Elevação ELEVEK, unidade de elevadores da Ciclo Fapril, que esta entidade tem uma vasta gama de equipamentos, destacando-se a Gama CH, com uma capacidade até 3.200 Kg e com uma longitude de cabine até 4,8 metros. Dispõem de plataformas de trabalho para a construção, gama MC, com capacidade até 4.500 Kg dependendo da configuração solicitada pelo cliente e com uma longitude de 35,88 metros. Em ambas as máquinas, existe uma capacidade de elevação até 200 metros, refere a mesma fonte.
Carla Santos acrescenta relativamente ao mercado em Portugal que o país ainda não está “sensibilizado para as vantagens de trabalhar com estes equipamentos”. “Ainda estamos muito atrasados em relação aos restantes países da Europa, seremos dos poucos países que ainda usam os andaimes subindo os materiais e pessoas de forma muito rudimentar. O investimento nestes equipamentos que desenvolvemos, diminuem o tempo de montagem, o tempo de subida e descida de trabalhadores e materiais e sobretudo aumentam muito a segurança, quer em obra quer em manutenção e limpeza de fachadas”, diz.
Parcerias e exportação
Entretanto, a Ciclo Fapril assinou diversas parcerias “com a Universidade de Aveiro, quer na Investigação & desenvolvimento quer com a nossa Academia”.
E a nível de vendas a empresa exporta de forma direta cerca de 87% das vendas, mas, de forma indireta, as exportações chegam a 99% da produção.
Para o próximo ano, a empresa vai continuar a apostar no mercado da elevação, nas oportunidades que o crescimento do mercado da mobilidade suave oferece nomeadamente das bicicletas, e nas oportunidades do mercado ferroviário.
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