O galardão dos Troféus Luso-Franceses na categoria de “Desenvolvimento Sustentável” deixou a Natixis em Portugal orgulhosa, afirma ao Jornal Económico o diretor-geral da empresa, Etienne Huret. “É o reconhecimento do trabalho que vimos desenvolvendo em prol da sustentabilidade, que é também uma prioridade contemplada no Plano Estratégico 2020-2024 do Groupe BPCE, que a Natixis em Portugal integra. Um trabalho que é fruto do contributo dos nossos colaboradores, que todos os dias integram e promovem as nossas iniciativas, sendo motor da sua continuidade e do seu impacto na comunidade”, afirma, acrescentando que a estratégia sustentável “assume um papel central e está na base de todas as linhas de negócio e entidades do grupo”.
A nível global, Etienne Huret explica que a Natixis se guia por um “eixo green”, que tem por base o foco em temas relacionados com o ambiente e, igualmente, com métodos e estratégias sustentáveis no âmbito das áreas financeiras e das tecnologias de informação. Refere que a preocupação com o clima é um dos pilares da estratégia de desenvolvimento sustentável e que se tem concretizado, por exemplo, “através redução da utilização de plástico descartável, instalação de redutores de pressão de água em todas as casas de banho do edifício; na redução do número de impressoras no edifício e introdução de papel reciclado; ou pela aquisição de frota de veículos elétricos e criação de uma aplicação de gestão da mesma”. Acrescenta que existe “uma preocupação constante com as emissões de carbono, que se materializa numa auditoria interna, no sentido de compreender o impacto que o edifício tem no meio ambiente e projetar ações de forma a reduzir esse mesmo impacto. Além disso, em outubro, criámos a Comunidade Green, um espaço promovido por um grupo de colaboradores interessados na partilha de notícias, dicas e boas práticas na área da sustentabilidade”.
Sobre sustentabilidade, o gestor relembra que, em 2019, a Natixis e o Groupe BPCE assinaram um conjunto de Princípios de Banca Responsável perante a Organização das Nações Unidas, comprometendo-se com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e o Acordo de Paris sobre as Alterações Climáticas. Com a assinatura deste documento, as duas entidades juntaram-se a um conjunto de 130 bancos de todo o mundo, que representam mais de 43 mil milhões em ativos, e se comprometem a assumir um papel crucial para ajudar a garantir um futuro sustentável. A Natixis tem também implementado o modelo Green Weighting Factor, através do qual avalia o impacto ambiental de cada transação financeira que efetua.
Etienne Huret, questionado sobre a importância do nearshoring em Portugal disse que quando decidiram avançar para uma abordagem deste tipo ficaram “surpreendidos com o resultado tão positivo desta aposta no talento, a partir de Portugal”. “A Natixis chegou ao Porto em 2017, com o objetivo de recrutar 640 pessoas na área das Tecnologias da Informação e, hoje, somos mais de 1.350 a trabalhar para assegurar e transformar as operações da Natixis a nível global e para o Plano Estratégico do Grupo BPCE. Em fevereiro de 2020, expandimos os perfis de contratação para áreas como Gestão, Economia, Finanças e Direito. Até ao final do ano, queremos chegar aos 1.500 colaboradores, ao contratar talentos com diferentes backgrounds, perfis e níveis de senioridade, incluindo jovens elegíveis para estágios profissionais do Instituto do Emprego e Formação Profissional”, diz, garantindo que esta continua a ser a aposta no futuro, “continuar a fazer do hub do Porto um exemplo de inovação a nível global, em constante aprendizagem e evolução”.
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