[weglot_switcher]

Endividamento da economia cai para 370% do PIB no terceiro trimestre

O endividamento da economia em percentagem do PIB reduziu-se no terceiro trimestre face aos três meses anteriores, segundo os dados do Banco de Portugal. No entanto, em termos nominais aumentou para 764,5 mil milhões de euros em setembro.
22 Novembro 2021, 11h25

O endividamento da economia portuguesa diminuiu para 369,9% do Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro trimestre, face aos 373,4% registados no segundo trimestre. Contudo, aumentou 0,6 mil milhões de euros em setembro em relação ao mês anterior, para 764,5 mil milhões de euros. Os dados publicados esta segunda-feira pelo Banco de Portugal (BdP) revelam ainda que o endividamento dos particulares subiu 3,1% face a setembro d 2020.

Os dados do regulador bancário revelam que a redução em percentagem do PIB no terceiro trimestre resulta da diminuição do endividamento do setor público, que desceu de 170,6% para 167% do PIB. Por outro lado, o endividamento do setor privado manteve-se praticamente inalterado, ao subir ligeiramente de 202,8% para 202,9% do PIB.

“Em comparação com o segundo trimestre de 2021, a redução de 3,5 pontos percentuais do endividamento do setor não financeiro traduziu-se, sobretudo, na diminuição do endividamento junto de entidades não residentes”, explica.

Tirando uma fotografia ao mês de setembro, o BdP assinala que o endividamento do setor público – o que inclui as administrações públicas e as empresas públicas – diminuiu 1,4 mil milhões de euros, para 345,1 mil milhões de euros.

“Esta redução resultou, sobretudo, da diminuição do endividamento junto do exterior (3,8 mil milhões de euros), que foi parcialmente compensada pelo crescimento do endividamento face ao setor financeiro e às próprias administrações públicas (1,6 e 1,0 mil milhões de euros, respetivamente)”, refere o BdP.

Por outro lado, o endividamento do setor privado – que inclui empresas privadas e particulares – aumentou dois mil milhões de euros, para 419,4 mil milhões de euros. Enquanto o endividamento das empresas privadas cresceu 1,3 mil milhões de euros, “devido, principalmente, ao financiamento obtido junto do exterior”, o endividamento dos particulares subiu 0,6 mil milhões de euros “e resultou no incremento do endividamento face ao setor financeiro”.

O endividamento total dos particulares aumentou 3,1% em setembro face ao período homólogo, quando em agosto tinha aumentado 2,9%. Já o endividamento total das empresas privadas cresceu 1,8% em relação a setembro de 2020, que compara com o aumento de 1% no mês anterior.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.