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“Não vos posso entreter enquanto caem bombas na Ucrânia”. Rapper russo cancela seis concertos na Rússia

“Sei que muitas pessoas na Rússia estão contra esta guerra, e estou confiante que quanto mais pessoas falassem sobre a sua verdadeira opinião, mais rapidamente acabaria este terror”, terá apontado o rapper em comunicado.
28 Fevereiro 2022, 23h00

rapper russo Oxxymiron tinha seis concertos esgotados em Moscovo e São Petersburgo mas decidiu cancelá-los em protesto contra a guerra iniciada pela Rússia na Ucrânia, revela o “New York Times”. O músico já pediu o fim da guerra e já admitiu que enquanto a Rússia não colocar fim à invasão não avança com novas datas para os concertos.

O músico admitiu que não pode entreter o povo russo e o seu público”enquanto caem bombas na Ucrânia”. O rapper adiantou ainda que a invasão russa ao país vizinho era “um crime e uma catástrofe” que não pode perpetuar e com a qual o povo não pode compactuar.

Oxxymiron é uma das várias figuras públicas russas que pediu o fim da guerra iniciada por Vladimir Putin. Outros músicos como Kasta, Shym, Vladimir, Khamil, Zmey e Noize MC já se manifestaram contra a ocupação russa.

“Sei que muitas pessoas na Rússia estão contra esta guerra, e estou confiante que quanto mais pessoas falassem sobre a sua verdadeira opinião, mais rapidamente acabaria este terror”, terá apontado o rapper num comunicado citado e traduzido pela publicação.

“Não vos consigo entreter enquanto os mísseis russos continuam a cair na Ucrânia. Quando os residentes de Kiev são forçados a esconder-se em caves e nos metros, enquanto as pessoas estão a morrer”, adiantou o músico.

Esta não é a primeira vez que Oxxxymiron critica publicamente o presidente russo. O rapper critica que o governo russo coloque o rótulo de “agentes estrangeiros” a oponentes políticos de Putin e já apareceu, por diversas vezes, em audiências judiciais para apoiar ativistas e manifestantes políticos do governo de Vladimir Putin.

Esta era a primeira vez, em cinco anos, que o músico ia realizar uma digressão em nome próprio dentro do seu país.

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