O grupo Altice internacional reconhece a importância da operação em Portugal e já clarificou que esta é “chave” para o grupo, defendeu hoje Alexandre Fonseca.
Foi hoje anunciado que o CEO cessante da Altice Portugal vai assumir as funções de co-CEO do grupo a nível internacional, trabalhando parte do tempo em Lisboa. Alexandre Fonseca ficará também como chairman da Altice Portugal, sem funções executivas. A liderança da Altice Portugal passará a ser liderada por Ana Figueiredo, a partir de 2 de abril.
Numa alusão às notícias que foram publicadas há alguns meses sobre a eventual venda da operação portuguesa, Alexandre Fonseca frisou que “o caminho que foi feito em Portugal tem sido reconhecido no grupo Altice internacional”.
“Ao contrário daquilo que foi dito e tem sido trazido à opinião pública, os nossos acionistas já o clarificaram. Portugal é uma operação chave do grupo Altice a nível internacional e tem a confiança do grupo”, disse Alexandre Fonseca numa conferência de imprensa na sede da empresa, em Lisboa.
“Sobre o tema da venda, ou da não-venda, os nossos acionistas já falaram sobre o assunto. O nosso acionista, o senhor Patrick Drahi, já disse que a operação portuguesa não só não está à venda como tem a confiança do grupo”, afirmou Alexandre Fonseca, acrescentando que a sua nomeação para Co-CEO da Altice Internacional e a escolha de Ana Figueiredo para liderar a dona da MEO constituem “sinais inequívocos” disso.
“Já tenho experiência suficiente de gestão de empresas para perceber que não há linhas vermelhas. Há objetivos a cumprir e desempenhos da economia dos diferentes países. E há decisões de gestão que se tomam”, respondeu o ainda CEO quando questionado se a eventual venda da operação portuguesa seria uma “linhas vermelha” para si.
Alexandre Fonseca deixará de exercer funções executivas em Portugal e será acompanhado na Altice Europe pelo administrador André Figueiredo, que deixará igualmente de exercer funções executivas em Portugal. Na comissão executiva do grupo Altice, Alexandre Fonseca ficará com a responsabilidade pelas áreas operacionais.
No ano passado, o Grupo Altice realizou uma consulta ao mercado quanto a uma possível venda da operação portuguesa, tendo recebido várias manifestações de interesse por parte de fundos de investimento internacionais, tal como o Jornal Económico noticiou. A operação não avançou e o grupo liderado por Patrick Drahi decidiu manter a aposta em Portugal.
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