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“Não estou admirado, mas as pessoas acreditaram no que o PS disse”. Rio acusa Governo de implementar austeridade

O líder dos sociais democratas implica que, na prática, os portugueses, percam todos os meses 4% do seu rendimento por causa da inflação, o que representa metade do subsídio de Natal. “Não estou admirado, mas as pessoas acreditaram no que o PS disse”, afirmou.
21 Abril 2022, 13h12

O líder do PSD, Rui Rio, disse aos jornalistas esta quinta-feira que o Orçamento de Estado para 2022 (0E2022) implica que, na prática, os portugueses, ao percam todos os meses 4% do seu rendimento por causa da inflação. “Ao fim do ano perderam meio salário. É como se se cortasse metade do subsídio de Natal. Qual é o termo que o PS utiliza para isto? Austeridade”, atira.

O social democrata acusa o Governo de contradições porque se comprometeu com o aumento do salário mínimo e médio. Há uma “clara quebra” das promessas “que foram feitas para ganhar as eleições”, afirmou.

“Não estou admirado, mas as pessoas acreditaram no que o PS disse. E logo no primeiro meio orçamento, porque só é válido para meio ano. Estão a fugir ao que se comprometeram”, continuou.

Assim, defende que o OE2022 “não está vocacionado para o crescimento” e implica a “quebra real do poder de compra das pessoas”, que vão estar a “viver pior daqui a seis, sete meses, do que estavam no início deste ano”.

Rio admitiu apresentar propostas de alteração ao documento, mas ressalva que todas “têm de ter uma contrapartida”, isto é, se aumentam a despesa num determinado montante, vão procurar reduzir noutro local na mesma medida monetária.

Questionado sobre se considera aumentar os salários da função pública acima dos 0,9% propostos pelo Governo, o líder do PSD afirma que é preciso analisar, adiantando que não quer estar a apresentar propostas que chumbaria se estivessem no poder, à semelhança do que o Partido Socialista fez nos últimos anos.

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