Wolf Cukier, um estudante de 17 anos, conseguiu um estágio de dois meses na agência espacial norte-americana (NASA) e viajou até ao Centro de Voos Espaciais Goddard, em Maryland. A sua primeira missão foi examinar as variações no brilho das estrelas capturadas pelo telescópio da NASA, conhecido como TESS.
“Cerca de três dias depois do começo do estágio vi um sinal de um sistema chamado TOI 1338. No início eu pensei que era um eclipse estelar, mas estava errado. Acabou por ser um planeta”, disse Cukier, citado pela imprensa internacional.
Este planeta é “6.9 vezes maior do que a Terra” ou tem um tamanho entre as dimensões de Neptuno e Saturno, experimentando “eclipses estelares regulares”, dado que “orbita quase exatamente no mesmo plano que as estrelas”, acrescenta a agência espacial norte-americana.
O telescópio TESS foi lançado a 18 de abril de 2018 a bordo do foguetão Falcon 9, da empresa aeroespacial privada SpaceX, da base de Cabo Canaveral, na Florida, nos Estados Unidos. Poucos meses depois de entrar em órbita, o satélite artificial começou a sua missão, com uma duração inicial de dois anos, descobriu primeiro uma “Super-Terra” e, três dias depois, uma “Terra muito quente” em sistemas solares distantes.
A “Super-Terra”, primeiro exoplaneta descoberto pelo TESS, orbita a estrela Pi Mensae, ou HD 39091, a cerca de 59.5 anos-luz da Terra, na constelação Mensa, a mesa. Pi Mensae é uma estrela-anã amarela como o nosso Sol.
Até à data o telescópio TESS detetou mais de 1000 “objetos de interesse”, 29 dos quais são exoplanetas confirmados.
Ao contrário do telescópio espacial Kepler, também da NASA, que “caçou” mais de 2.600 exoplanetas numa determinada zona do céu, a maioria a orbitar estrelas pouco brilhantes, entre 300 e 3.000 anos-luz da Terra, o TESS vai procurar novos planetas fora do Sistema Solar em todo o céu.
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