Construir o novo aeroporto complementar da região de Lisboa em Alverca ou em Beja não constitui uma alternativa viável ao aeroporto do Montijo, defendeu hoje Pedro Nuno Santos na audição parlamentar sobre o OE 2020 que está a decorrer hoje, dia 13 de janeiro, no âmbito da comissão de Economia e Obras Públicas.
“A faixa de aproximação ao aeroporto de Alverca conflitua com a de aproximação ao aeroporto Humberto Delgado, porque é a mesma. Só há uma alternativa em Alverca: só se a pista fosse construída no estuário do Tejo. O aeroporto de Beja, mesmo com alta velocidade [ferroviária], fica muito longe de Lisboa”, resumiu Pedro Nuno Santos.
Segundo o ministro, “Beja e Alverca não são alternativas [ao aeroporto no Montijo], estão mais que estudadas”.
“Queremos avançar, porque não queremos que o país perca mais tempo, mais receitas e maus turistas”, garantiu Pedro Nuno Santos.
Sobre a decisão favorável da APA – Agência Portuguesa do ambiente ao EIA – Estudo de Impacto Ambiental apresentado para o projeto de aeroporto no Montijo pela concessionária ANA, detida pelo grupo francês Vinci, o ministro considerou que “é bom que seja respeitada”.
“O aeroporto [no Montijo] vai ser uma realidade. Está-se a descurar o impacto positivo que o aeroporto terá para a espécie humana, em criação de emprego e no crescimento da economia, com particular impacto na margem sul. Temos uma APA que tomou uma decisão. se tivesse sido contrária [ao aeroporto no Montijo] ficava triste, consideraria que era mau para o país, mas respeitaria. Os técnicos da AP não são comissários de nenhum partido, do Governo. Temos de respeitar as suas decisões, não só quando gostamos dessas decisões”, salientou o ministro das Infraestruturas.
Governo apoia avaliação de impacto ambiental sobre obras na Portela
Sobre as obras em curso no aeroporto Humberto Delgado, Pedro Nuno Santos considerou que a infraestrutura em causa “tem condições únicas para ser um verdadeiro ‘hub’, para ter mais receitas, mais rendimento para ficar no país”.
“Estamos a modernizar o aeroporto Humberto Delgado, não para aumentar de forma extraordinária a sua capacidade, mas para o tornar um ‘hub’ mais eficiente, sem atrasos, para ser mais competitivo em relação a Madrid, por exemplo”, defendeu o ministro das Infraestruturas.
Pedro Nuno Santos explicou ainda que as obras em curso vão permitir que os aviões aterrem na Portela mais à frente na pista e descolem mais cedo da pista, o que vai permitir “reduzir o ruído na aterragem e descolagem dos aviões” e também “reduzir, ou talvez mesmo eliminar os voos noturnos”, que até ao começo das obras em causa ascendiam a 92 voos semanais em termos legais.
O ministro das Infraestruturas garantiu também que “não excluímos as exigências do presidente da Câmara Municipal de Lisboa e do PCP de fazer uma avaliação de impacte ambiental ás obras de expansão do aeroporto Humberto Delgado”.
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