Quando o presidente do Paris Saint-Germain (PSG), Nasser al Khelaifi, decidiu avançar com a contratação de Lionel Messi, o plano era de que o craque argentino, em pouco tempo, iria impulsionar as receitas do clube francês, com uma estimativa de 40 milhões de euros de encaixe só na primeira temporada. Khelaifi estava errado. A chegada de Messi a Paris rendeu 700 milhões de euros, 17,5 vezes mais do que a previsão.
A chegada de Messi implicou dez novos contratos de patrocínio ao PSG e o diretor desta área do clube, Marc Armstrong, também comentou que, para além do poder de atração, os acordos foram maiores do que sem o capitão da seleção argentina: “Vimos um crescimento em áreas onde poderíamos chegar a acordos entre três e cinco milhões e agora estão avaliados entre cinco e oito [milhões de euros], o impacto é considerável”.
Estima-se que a receita, nesta área, tenha crescido 13% e marcas como Dior, Gorillas, Crypto.com, Autohero, GOAT, Smart Good Things, Infinity Sports Water, Geekvape, PlayBetR, Volt ou Big Cola entraram. No que diz respeito às criptomoedas, agora em baixa devido à guerra na Ucrânia, o valor da moeda do PSG duplicou quando foi tornada pública a contratação de Messi.
“Estávamos a fechar um acordo com uma criptomoeda antes de contratar Messi e nas semanas seguintes o preço disparou porque as pessoas mostraram mais interesse em subir a bordo”, disse Armstrong. O clube ultrapassou 300 milhões de receitas para este conceito pela primeira vez na sua história nesta temporada.
A venda de camisolas, foi outro dos recordes influenciados diretamente com a chega da ‘Pulga’. Foram vendidas mais de um milhão de camisolas pela primeira vez, 60% das quais com o número 30 de Messi, tornando-se, a par do Manchester United, o clube que vendeu mais camisolas no mundo na última temporada. Só nas primeiras três horas após a oficialização de Messi, o PSG rendeu 933 mil euros com a venda de camisolas do craque argentino.
“A procura cresceu entre 30% e 40% e o que realmente pode condicionar é a oferta. Quando acontece uma transferência dessa magnitude, Ronaldo para o United, por exemplo, podemos pensar que [as contratações] vão ser pagas a vender camisolas, mas isso não é verdade. Não podemos produzir mais camisolas. O acordo está definido para garantir mínimos muito importantes, mas não podemos atender à procura por camisolas de Messi. Atingimos o teto”, explicou Armstrong ao jornal “Marca”.
A chegada de Messi também teve um grande impacto nas redes sociais do clube. Após a oficialização, o PSG ganhou 15 milhões de seguidores em todas as suas plataformas e quebrou a marca dos 150 milhões pela primeira vez. “Ganhamos uma média de 1,4 milhões [de seguidores] por semana e fomos o primeiro clube a atingir dez e 20 milhões de seguidores no TikTok ou a marca francesa mais importante no Instagram”, acrescenta Armstrong. Nesta rede social, o PSG passou de 38,5 milhões de seguidores para os 60,9 que tem atualmente. Ou seja, quase o dobro desde a chegada do argentino.
Por fim, o PSG também viu aumentar a procura por bilhetes e, assim, a respetiva receita desta área. O clube aumentou a lista de espera para bilhetes de época desde a chegada de Messi, através de uma plataforma controlada pelo próprio clube no seu site.
“Não há mais bilhetes de temporada, com a receita recorde entre os clubes europeus por local, com oito vezes mais adeptos sem bilhetes VIP, foi um ponto de viragem”, comentou o diretor de marketing do clube.
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