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Coronavírus: Petróleo negoceia em queda devido a riscos de propagação da epidemia

Cerca das 11:55 (hora de Lisboa) o barril de Brent do mar do Norte para entrega em abril negociava a 56,05 dólares no mercado de Londres, uma descida de 4,19% em relação ao preço de encerramento na sexta-feira.
24 Fevereiro 2020, 13h57

O preço do barril de petróleo está a negociar em queda devido aos riscos de propagação da epidemia de pneumonia viral fora da China que deve afetar a procura mundial, num mercado já excedentário.

Cerca das 11:55 (hora de Lisboa) o barril de Brent do mar do Norte para entrega em abril negociava a 56,05 dólares no mercado de Londres, uma descida de 4,19% em relação ao preço de encerramento na sexta-feira.

Em Nova Iorque, o barril norte-americano de WTI para entrega no mesmo mês perdia 3,97% para 51,26 dólares.

“A propagação da epidemia em Itália e na Coreia do Sul coloca os preços do petróleo sob pressão”, resumiu Carsten Fritsch, analista do Commerzbank.

A epidemia de pneumonia viral tem-se propagado a nível mundial. Com um recorde diário de 231 novos casos de contaminação no período de 24 horas, a Coreia do Sul tem já mais de 800 infetados com o Covid-19.

Na Europa, a Itália tornou-se no fim de semana o primeiro país do continente a impor medidas de quarentena em várias regiões do norte do país.

Segundo números oficiais, a Itália tem 219 casos de contágio do coronavírus e cinco mortos.

Esta descida dos preços do petróleo põe fim a uma progressão do Brent e do WTI, que tinha sido da ordem dos 2% na semana passada e de 10% e 8%, respetivamente, desde a recuperação iniciada a 10 de fevereiro.

“A mudança rápida é explicada pelas preocupações relativas à procura: se mais e mais países e continentes forem afetados pelo vírus, o abrandamento da atividade económica e das viagens será mais significativo”, acrescentou Fritsch.

Os operadores do mercado voltam-se agora para os países membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e seus aliados que se reúnem na próxima semana em Viena para tentar dar uma resposta quanto à oferta, já em situação excedentária, à medida que os riscos pressionam a procura.

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