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Utilização do telefone fixo caiu 15% em 2019. Comunicações móveis e internet são cada vez mais utilizadas

Esta é a maior quebra registada no uso do telefone fixo desde 2015. O recuo de 15% face ao tráfego da rede fixa em 2018, divulgado agora pela Anacom, corresponde a menos 722 milhões de minutos. Mas em 2019 o serviço telefónico fixo atingiu 5,1 milhões de acessos, o que se traduz num crescimento de 1,1% face a 2018.
Presidente do Conselho de Administração, João Cadete de Matos
3 Março 2020, 13h43

O volume de tráfego em minutos originado na rede telefónica fixa caiu 15% em 2019, quando comparado com 2018, “devido à crescente utilização de comunicações móveis e de comunicações através da internet”, de acordo com os dados estatísticos da Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom), divulgados esta terça-feira, 3 de março. Esta é a maior quebra registada no uso do telefone fixo desde 2015.

O recuo de 15% face ao tráfego da rede fixa em 2018 corresponde a menos 722 milhões de minutos que os portugueses passaram ao telefone. Em 2019, o consumidor usou uma média mensal de 67 minutos por acesso à rede fixa. Em chamadas “fixo-fixo” o consumo da rede fixa foi de 48 minutos e em chamadas “fixo-móvel” apenas se registaram oito minutos por acesso. Em chamadas internacionais, via rede fixa, o consumo foi de apenas quatro minutos de média mensal.

Mesmo assim, em 2019 o serviço telefónico fixo atingiu 5,1 milhões de acessos, o que se traduz num crescimento de 1,1% face a 2018 (55 mil novos acessos). Segundo a Anacom, o aumento deve-se “sobretudo aos acessos suportados em redes de fibra ótica e de TV por cabo (acréscimo de 327 mil acessos face a 2018), que mais do que compensaram a diminuição dos acessos analógicos (-210 mil acessos), dos acessos RDIS (-45 mil acessos em redes alternativas digitais) e dos acessos fixos suportados em redes móveis (-17 mil acessos)”.

No final de 2019, os acessos suportados em redes alternativas à rede tradicional (acessos analógicos e RDIS) representavam 76,4% dos acessos telefónicos principais.

Já o serviço de telefone fixo na modalidade de acesso direto atingiu cerca de 4,1 milhões de subscritores, mais 2,1% do que no período homólogo. “O crescimento observado está associado à crescente penetração das ofertas em pacote que integram o serviço de telefonia fixa”, indicou o organismo liderado por João Cadete de Matos.

Meo conquista maior quota no serviço fixo
Os números de clientes do serviço fixo traduzem-se numa liderança da Meo (detida pela Altice Portugal). Entre as três maiores telecoms portuguesas, a operadora atingiu uma quota de 42,1% dos clientes de acesso direto à rede fixa. Comparativamente, em 2019, a NOS fixou a quota em 36% e a Vodafone Portugal observou uma quota de 18,1%.

Face ao final de 2018, as quotas de clientes de acesso direto da MEO e da NOS diminuíram 0,2 e 0,7 pontos percentuais, respetivamente, tendo a quota da Vodafone aumentado 1,1 pontos percentuais.

No que respeita ao tráfego originado na rede telefónica fixa , a MEO tinha uma quota de 40,4%, seguida do grupo NOS, com 33,8%, ambas a registarem uma subida de 0,2 pontos; e a Vodafone tinha 16,7%, mais 1,5 pontos percentuais do que no período homólogo.

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