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Altice Labs abre novo pólo de investigação em Oeiras

O laboratório de investigação e desenvolvimento investiu mais de 5,4 milhões de euros nos últimos 10 anos, em áreas que, de uma forma ou de outra, se espalharam por 60 países, beneficiando cerca de 250 milhões de pessoas.
5 Março 2020, 11h00

Depois dos pólos na Madeira, Viseu, Olhão e Açores, a Altice Labs investe agora na abertura de um novo pólo, desta vez na Área Metropolitana de Lisboa, mais precisamente em Oeiras, “que irá promover e alavancar o desenvolvimento de iniciativas que contribuam para o desenvolvimento do ecossistema de inovação naquele município”, revela o grupo Altice.

Neste quadro, a Altice Portugal e a Câmara Municipal de Oeiras vão avançar com um projeto inédito de investigação e inovação “que está inserido na estratégia do município, idealizada para a revitalização e expansão do TagusPark, e que se coaduna com os pilares estratégicos da Altice Portugal: investimento, inovação e proximidade”.

A Altice Labs., herdeira da PT Inovação e de uma história iniciada em 1950, está atualmente focada na investigação exploratória de áreas estratégicas como a inteligência artificial & machine learning, tecnologias Cloud (computação e rede), smart living, internet das coisas, big data, segurança & privacidade, serviços digitais & plataformas, 5G e redes do futuro, incluindo o quadro de evolução ótica.

Na Altice Labs trabalham cerca de 700 profissionais na investigação e desenvolvimento de soluções avançadas de telecomunicações e sistemas de informação. Para além de funcionar como centro de inovação do Grupo Altice, a organização responde por produtos e soluções utilizadas em 60 países nos quatro continentes, beneficiando mais de 250 milhões de pessoas.

As iniciativas do grupo, desenvolvidas sempre com entidades do sistema científico e tecnológico que possam acelerar o processo de transformação digital, focam-se “na criação de emprego qualificado, promoção da equidade social e possibilitando a exportação de soluções para o mercado não só do Grupo Altice em França, Estados, Unidos, Israel e República Dominicana, mas para todo o mercado endereçado pela Altice”.

Ao comemorar o seu 4 º aniversário, a Altice Labs. É uma “referência na exportação de inovação tecnológica e no desenvolvimento económico do país”, refere a empresa, que nos últimos 10 anos financiou mais de 5,4 milhões de euros em projetos de I&D com universidades portuguesas na vertente de exploração tecnológica.

“São, em média, 540 mil euros por ano que possibilitam a criação de conhecimento e dão a alunos de mestrado e doutoramento a possibilidade de antecipar tendências na tecnologia futura ao serviço da sociedade. Alguns destes financiamentos deram origem a startups que hoje estão no mercado de alta tecnologia e são parceiras da Altice”.

No seguimento da sua estratégia de descentralização dos laboratórios da Altice Labs em Portugal, “em estreita cooperação com os municípios, regiões ou governos regionais, a Altice Portugal, com a Altice Labs, tem vindo a inaugurar alguns polos de inovação em algumas regiões do país, visando responder a um dos seus vetores estratégicos: a proximidade ao território”.

Nas áreas que neste momento fazem parte do radar da investigação da Altice Labs., destaca-se a saúde: o Medigraf é uma solução de telemedicina que oferece um ambiente colaborativo e seguro com serviços de videoconferência e de partilha de dados clínicos, permitindo aos profissionais de saúde trabalharem em equipa, remotamente, visando um diagnóstico comum independentemente da distância entre eles.

Por outro lado, o SmartAL surgiu como um avanço necessário no contexto das soluções de saúde da Altice Portugal. É uma solução que se define como uma plataforma de gestão de serviços de cuidados dirigidos, num primeiro plano, à população em condições de maior fragilidade, com doença crónica e/ou sénior. Está focado na simplificação e na promoção da saúde das pessoas, bem como no apoio social e nas condições de segurança das mesmas.

Destaque merece também o protocolo de colaboração com o Centro Cirúrgico de Coimbra, que servirá para identificar iniciativas e projetos “que contribuam de forma positiva para o incremento das tecnologias de informação no ecossistema da saúde. Quatro dessas áreas já estão identificadas: análise e estudo de soluções tecnológicas de armazenamento seguro de dados de saúde tais como imagens, relatórios clínicos, entre outros, tendo em consideração infraestruturas disponíveis; avaliação de soluções de backup e Disaster Recovery para a informação relacionada com registos médicos de consultas e diagnósticos; avaliação de soluções de preservação de informação médica com valor científico; participação da Altice Labs em projetos liderados pelo Centro Cirúrgico com vista a automatizar processos de diagnóstico recorrendo entre outros a mecanismos de Inteligência Artificial, nomeadamente Aprendizagem Automática (Machine Learning).

O turismo também faz parte desse radar: a Altice assinou um protocolo com a Turivã, empresa do grupo SPI (Sociedade Portuguesa de Inovação), que promete um salto tecnológico na zona de Ourique – Alentejo. O cenário é a Herdade da Torre Vã, uma propriedade centenária que está a ser alvo de uma reabilitação patrimonial com vista à transformação num Hotel rural de cinco estrelas.

O projeto foi concebido sobre dois eixos principais: o projeto de arquitetura da autoria dos arquitetos João Mendes Ribeiro e André Tavares e o protocolo de cooperação tecnológica estabelecido com a Altice Labs. O laboratório “vai contribuir inicialmente para a implementação da vertente tecnológica do projeto através da exploração de cenários concretos de aplicação, nas atividades turísticas, de temas estratégicos, entre os quais se contam as tecnologias cloud, smart living, internet das coisas, big data, 5G e redes do futuro, virtual sssistants, segurança & privacidade e inteligência artificial.

Destaque merece ainda o projeto Cabine Imersiva, que vai dar uma segunda vida a velhas cabines telefónicas transformando-as num sistema interactivo de visualização imersiva de vídeo 360°, sem necessidade de utilização de headset, óculos ou dispositivos similares.

“O visitante irá sentir-se transportado para o comando de um veículo com vista ampla para um cenário tridimensional, proveniente da vasta biblioteca de vídeos disponíveis para headsets de realidade virtual. A imagem visualizada será complementada por som multi-fonte, alinhado espacialmente com as imagens, potenciando ainda mais a vivência do conteúdo visual”, conta o laboratório.

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