Numa conferência de imprensa de balanço dos primeiros 100 dias de mandato do seu executivo comunitário, Ursula von der Leyen destacou os atuais “desafios imprevistos” com que a UE se confronta, designadamente o surto do novo coronavírus e a crise de refugiados nas fronteiras externas, para sublinhar a urgência de a União se dotar de um novo quadro financeiro plurianual que lhe permita dar resposta a estas crises.
“Nestes tempos difíceis, todos sentimos que as pessoas e os Estados-membros estão a pedir mais Europa. Que [a UE] atue mais, que atue mais nas fronteiras, no apoio às migrações, a nível do coronavírus, no apoio macroeconómico. Mas sem um novo orçamento, não estaremos em condições de responder de forma apropriada”, alertou.
Lembrando que o atual quadro financeiro [2014-2020] “está quase a terminar”, a presidente da Comissão apontou que, olhando para os desafios que a Europa tem pela frente, tais como o impacto do surto de Covid-19 na economia europeia, a margem de flexibilidade “para agir em situações de crise como as atuais” está a esgotar-se.
“Por isso, apelo urgentemente aos Estados-membros que encontrem agora um acordo sobre o Quadro Financeiro Plurianual. Já é muito tarde e precisamos mesmo de um acordo agora sobre o orçamento para os próximos sete anos”, reforçou.
Os chefes de Estado e de Governo da UE falharam um acordo sobre o orçamento pós-2020 no Conselho Europeu celebrado em Bruxelas em 20 e 21 de fevereiro, com os 27 a rejeitarem liminarmente a proposta orçamental colocada sobre a mesa pelo presidente do Conselho, Charles Michel.
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