A Associação Portuguesa de Defesa do Consumidor (Deco Proteste) fez as contas ao valor que a fatura da eletricidade dos portugueses poderá subir com o facto de estarem em regime de teletrabalho ou a darem assistência aos filhos em casa.
Os agregados familiares que têm tarifa bi-horária de eletricidade poderão ver a fatura subir entre 10 e 25 euros mensais, segundo os especialistas da associação. Os cálculos foram realizados para uma casa onde reside um casal e duas crianças, com uma potência contratada de 6,9 kVA (quilovoltampere) e que tinham o cuidado de ter 40% dos consumos nas horas de vazio.
“Não só deixa de ser possível manter 40% do consumo nas horas de vazio, como a família irá gastar mais eletricidade diariamente (cerca de 20% mais)”, explica a Deco, em comunicado divulgado esta sexta-feira.
Mesmo as famílias com tarifa simples poderão pagar mais seis euros por mês – no caso de terem uma potência contratada de 3,45 kVA e um consumo anual de 1900 kWh. “Para não penalizar quase um milhão de famílias que aderiram à tarifa bi-horária, propomos que, durante este período de crise, se estabeleça a possibilidade de estes consumidores pagarem como se tivessem a tarifa simples”, diz a mesma entidade.
Em relação ao gás natural, poderá aumentar entre dois a quatro euros.
A Deco faz referência à importância de a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) ter estabelecido medidas excecionais para evitar cortes no abastecimento dos serviços públicos essenciais de eletricidade, gás natural e gases de petróleo liquefeito (GPL) canalizado, mas considera que as decisões “não suficientes”, porque no final do mês os portugueses irão gastar mais na mesma.
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