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Provisões levam Merlin Properties a quebra de 38 milhões de euros no primeiro trimestre

Promotora imobiliária explica que decidiu incluir uma provisão em rendas, motivada pela pandemia do coronavírus.
Ismael Clemente, CEO Merlin Properties
13 Maio 2020, 22h29

A Merlin Properties registou uma quebra nos lucros de 38,6 milhões de euros no primeiro trimestre deste ano. A promotora imobiliária divulgou os resultados esta quarta-feira, 13 de maio. Esta perda é explicada pela imobiliária pela inclusão de uma provisão em rendas, motivada pela pandemia do coronavírus.

“Excluindo este efeito, o lucro líquido é de 62,3 milhões de euros e seria superior ao alcançado no primeiro trimestre de 2019”, indica o comunicado.

Por outro lado, a promotora espanhola que em janeiro de 2020 foi admitida na Bolsa de Lisboa apresentou no trimestre em análise receitas de 131,8 milhões, um EBITDA recorrente de 103,9 milhões e um lucro operacional de  74,7 milhões de euros.

“A empresa conta com uma posição de tesouraria e equivalentes de 1.277 milhões de euros e não enfrenta vencimentos de dívida até dentro de dois anos”, pode ler-se no documento.

Em termos da evolução do negócio dos setores, destaque para os escritórios que tiveram um “aumento de rendas (locações) like-for-like de 4,5%” e com o release spread de 8,2% em Madrid, 19,8% em Barcelona e 7,5% na cidade de Lisboa.

Em relação à pandemia do coronavírus, a Merlin Properties esclarece que “adotou uma série de medidas de redução de gastos e preservação de capital para enfrentar a incerteza gerada pela crise do coronavírus”.

No entanto, a imobiliária espanhola decidiu “continuar os projetos com altos níveis de rendas já contratados e parar de momento os que cuja execução se pode adiar”, sendo que “o conjunto de ações em execução e a geração de receita a curto prazo contempla um investimento remanescente agregado de 247,7 milhões nos próximos quatro anos, dos quais 167,4 milhões de euros deverão ser desembolsados ​​em 2020. As receitas futuras estimadas atribuíveis a esses projetos (com um nível de pré-aluguer de 65%) ascendem a 37,3 milhões”, refere o comunicado.

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