O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, afirmou esta quinta-feira que os indicadores epidemiológicos apontam para uma diminuição do número de internamentos e da letalidade da Covid-19 em Portugal. O chefe de Estado reforçou a necessidade de avaliar as consequências das diferentes fases do desconfinamento em Portugal e sublinhou que só em junho haverá uma leitura “mais completa” da pandemia.
“Foi confirmada a tendência das últimas semanas da diminuição de casos de internamentos e internamento em cuidados intensivos bem como a diminuição em termos de letalidade, ou seja, em termos de óbitos. Isso significa que tem havido uma comunicação muito boa entre as autoridades sanitárias e os portugueses”, afirmou o Presidente da República, à saída da reunião desta quinta-feira entre epidemiologistas e políticos sobre o novo desconfinamento.
Considerando que esta foi uma “sessão foi mais completa do que as anteriores, porque permitiu ver a evolução em vários países que já desconfinaram”, Marcelo Rebelo de Sousa referiu que “a conclusão provisória é de que o R, indicador de reprodução ou transmissão não mudou muito”. “O desconfinamento nesses países não teve consequências sensíveis em termos de surto”, disse.
O Presidente da República notou, no entanto, que o desconfinamento em Portugal, iniciado a 3 de maio, foi um “muito contido” e “não há muitos dados que permitam conclusões firmes”. “Não passaram ainda 15 dias, o que significa seis dias de incubação e oito dias de comunicação ou reporte às autoridades sanitárias”, realçou.
Ainda assim, “como a contenção continuou muito elevada”, Marcelo Rebelo de Sousa salientou que os dados disponíveis permitem perceber que o indicador de transmissão da Covid-19 “anda à volta do 1% na média dos últimos cinco dias, ligeiramente aquém, da média nacional, de 0,98”. O indicador é “mais elevado na região de Lisboa e Vale do Tejo do que na região Centro e, aí, mais elevado na região Norte, onde é o mais baixo 0,91”, disse.
O chefe de Estado afirmou ainda que há “dois momentos significativos pela frente”: o dia 18, em que serão abertos os restaurantes, esplanadas, escolas e novas lojas do comércio local, e o dia 1 de junho, com o regresso ao trabalho e a abertura de novos serviços. Tendo isso em conta, “só no final de junho poderá ser feita uma leitura mais completa” dos dados da Covid-19, salientou Marcelo Rebelo de Sousa.
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