A companhia aérea Emirates anunciou hoje, dia 31 de maio, a intenção de suprimir postos de trabalho, em consequência da pandemia da Covid-19, sem especificar quantos trabalhadores deverão ser despedidos.
“Examinámos todos os cenários possíveis para manter as nossas operações comerciais, mas chegámos à conclusão de que, infelizmente, temos de dizer adeus a algumas das pessoas maravilhosas que trabalharam para nós”, afirmou, em comunicado, a companhia aérea Emirates, que emprega cerca de 100 mil pessoas.
A Emirates foi forçada a suspender a sua atividade em finais de março, por ordens do Governo dos Emirados Árabes Unidos, mas realizou alguns voos de repatriamento, sobretudo para visitantes e residentes estrangeiros que quiseram deixar o país.
A operar uma frota de 270 aeronaves de grande capacidade, a Emirates já tinha decidido, em março, aplicar uma redução temporária de 25 a 50% nos salários base da maioria dos seus funcionários.
“Estamos a reavaliar, continuamente, a situação e teremos de nos adaptar a este período de transição”, avançou a empresa, no comunicado hoje divulgado, destacando que “a atual pandemia teve impacto em muitas indústrias em todo o mundo”.
Em 10 de maio, a Emirates disse que levaria, pelo menos, 18 meses para que a procura de viagens regressasse a “uma aparência de normalidade”, mesmo depois de relatar lucros excecionais antes da pandemia.
A companhia aérea obteve lucros de 288 milhões de dólares (264,57 milhões de euros) no ano fiscal que terminou em março, mais 21%, apesar da diminuição das receitas devido à suspensão de voos pela Covid-19, segundo dados divulgados em 10 de maio.
A Emirates, a maior transportadora aérea do Médio Oriente, com base no Dubai, indicou que apesar dos lucros terem aumentado 21%, as receitas diminuíram para 25 mil milhões de dólares (cerca de 23 mil milhões de euros) no ano fiscal terminado em março, menos 6% que no anterior.
A companhia aérea atribui a diminuição das receitas, sobretudo, à suspensão de voos em março provocada pela pandemia.
“Desde meados de fevereiro, as coisas mudaram rapidamente com a pandemia da Covid-19 em todo o mundo, provocando uma queda repentina e tremenda da procura de transporte internacional aéreo, enquanto os países fecharam fronteiras e impuseram duras restrições de movimentos”, afirmou o presidente executivo (CEO) do Emirates Group, xeque Ahmed bin Saeed Al Maktoum.
Em 13 de maio, a Emirates informou que os voos comerciais para destinos na Europa, Estados Unidos, Canadá e Austrália seriam retomados a partir de 21 de maio, seguindo os protocolos sanitários relativos à pandemia de Covid-19.
Entre os destinos europeus que foram retomados estão Londres, Paris, Madrid e Milão, bem como Chicago, nos Estados Unidos, Toronto, no Canadá, e Sydney e Melbourne, na Austrália, indicou a companhia aérea, adiantando que estão a ser ainda asseguradas ligações no Dubai para passageiros que voem entre o Reino Unido e a Austrália, sempre que se cumpram os requisitos sanitários adequados.
“Os viajantes só serão aceites nestes voos se cumprirem os requisitos de elegibilidade e os critérios de entrada dos países de destino”, referiu a empresa.
O diretor de operações da companhia, Adel Al Redha, assegurou que a Emirates implementou “medidas adicionais” no aeroporto para melhorar os procedimentos de distanciamento social e de desinfeção.
“A tripulação da Emirates, o pessoal de embarque e os funcionários em terra que contactam diretamente com os passageiros terão equipamento de proteção pessoal, incluindo uma bata descartável protetora e uma viseira de segurança”, explicou a companhia.
Como medida preventiva, as revistas não estarão disponíveis durante o trajeto e toda a bagagem de mão deve ser faturada, enquanto os passageiros podem embarcar apenas com “artigos essenciais” como computadores portáteis, carteiras ou artigos para bebé.
Taguspark
Ed. Tecnologia IV
Av. Prof. Dr. Cavaco Silva, 71
2740-257 Porto Salvo
online@medianove.com