Por definição, sustentabilidade representa a habilidade de satisfazer as necessidades das gerações atuais, sem comprometer as das gerações futuras ou o meio ambiente. Este conceito surgiu em Estocolmo, na Suécia, na Conferência das Nações Unidas, sobre o Meio Ambiente Humano, que ocorreu em junho de 1972. A sustentabilidade é um dos principais objetivos da ONU, pelo que, teve origem, em 2015, a ambiciosa Agenda 2030, composta por 17 objetivos de desenvolvimento sustentável definidos como “uma lista das coisas a fazer em nome dos povos e do planeta”. Desde então, nações por todo o mundo têm tomado medidas para atingir o maior número possível destes objetivos.
Alcançar um desenvolvimento sustentável é um interesse comum de todos nós, pelo que é também de igual responsabilidade: não só os indivíduos com mais poder, donos de grandes empresas, devem contribuir para esta causa ao fazer escolhas mais ecológicas, como a utilização de materiais reciclados e energias renováveis, como também os de menos poder, os consumidores, devem reconhecer e optar pelos produtos ou serviços das empresas que assim o fizerem.
O futuro desta causa é promissor por diversas razões, a começar pela base de todas elas: a educação. Crianças e jovens de todo o mundo aprendem diariamente, tanto nas escolas e redes sociais como através das suas próprias experiências e perceção do mundo à sua volta, a importância de conservar o grande ecossistema onde habitamos, o planeta Terra. Desde muito novos, estes jovens pretendem fazer a diferença, através de todos os movimentos e contribuições ao seu alcance, o que nos deve levar a acreditar que, com o futuro nas mãos desta geração, o desenvolvimento sustentável deverá ser uma realidade mais presente, ou até mesmo alcançável. Para além dos jovens, muitos outros cidadãos com mais poder sobre a sociedade lutam também para fazer a diferença e contribuir para o alcance do grande objetivo.
Quando uma entidade opta, por exemplo, por energias renováveis, como a energia solar ou eólica, está a contribuir para a diminuição do aquecimento global, visto que, a queima de combustíveis fósseis para produção de energia é a principal causa do aumento do efeito de estufa e consequentemente das alterações climáticas que no futuro poderiam ter consequências devastadoras, tanto em termos de saúde pública – uma mudança drástica das temperaturas poderia criar condições favoráveis à propagação de parasitas e vetores de doenças – como do aumento do nível do mar, que colocaria em risco locais como Veneza, em Itália, Miami, nos EUA, e até mesmo Peniche, em Portugal, que ficariam submersos.
Para além dos seres humanos, a esperança de um futuro sustentável pode basear-se também nos avanços recorrentes e, por vezes, desconhecidos da tecnologia. Estes farão compensar as escolhas mais ecológicas, atribuindo-lhes um preço cada vez mais baixo, o que significa, por exemplo, que será cada vez mais comum utilizar energia proveniente do sol. Nunca teremos que pagar pelos raios solares que recebemos, portanto, captar essa energia e armazená-la será cada vez mais acessível à medida que a tecnologia se desenvolver.
Em 30 anos, no ano 2050, o nosso mundo será totalmente diferente. Até lá todos trabalharemos para isso, cada um cumprindo a sua parte. Por vezes, até os gestos mais simples podem servir como contributo: a água, por exemplo, aquilo de que nenhum ser vivo pode prescindir. As gerações futuras também irão precisar dela, pelo que se cada um de nós evitar desperdiçá-la, pelo menos um pouco, estará a colaborar. Todos podemos apoiar esta causa e, a longo prazo, todas as boas escolhas que fizermos enquanto sociedade irão recompensar e contribuir para um futuro melhor, um futuro sustentável.
Carolina Monteiro, Aluna do St. Peter’s International School (10º ano)