O Partido Social Democrata (PSD) considera que é “particularmente feliz” a escolha do ex-líder parlamentar e antigo eurodeputado socialista Francisco Assis para presidente do Conselho Económico e Social (CES). O líder do PSD, Rui Rio, considera que, com a escolha anunciada pelo Partido Socialista (PS), “há condições” para se terminar a sessão legislativa “sem o incómodo” e indicar “os seus representantes para os órgãos externos”.
“Pelos nomes apresentados pelo PS e pelo PSD, penso que há condições para os deputados da Assembleia da República aprovarem as indicações e que, dessa forma, possamos terminar a sessão legislativa sem o incómodo de termos um Parlamento que não foi capaz ao longo de um ano inteiro de indicar os seus representantes para os órgãos externos”, considerou Rui Rio, num comunicado enviado à agência Lusa.
Conhecidas as divergências políticas entre Francisco Assis e o primeiro-ministro, António Costa, o líder social-democrata acrescenta que a indicação do ex-eurodeputado socialista para presidente do CES é “particularmente feliz”.
A escolha de Francisco Assis foi anunciada pela presidente do grupo parlamentar do PS, Ana Catarina Mendes à agência Lusa. “Francisco Assis é um dos nossos melhores quadros, tendo indiscutível credibilidade na vida política portuguesa”, declarou Ana Catarina Mendes.
A votação está marcada para o próximo dia 10 na Assembleia da República. Para ser eleito no cargo de presidente do CES, Francisco Assis necessita de dois terços dos votos dos 230 deputados. A votação é secreta, mas necessitará obrigatoriamente de um acordo entre o PS e o PSD. Antes de ser votada a escolha do PS, o candidato terá de comparecer numa audição prévia no Parlamento.
A proposta de Francisco Assis para o CES surge depois de ter sido chumbada no Parlamento, no final de fevereiro, a reeleição do ex-ministro da Saúde e militante do PS António Correia de Campos para a presidência do órgão constitucional de consulta e concertação social, com apenas 110 votos favoráveis, de um total de 219 votantes. Já em dezembro o nome de António Correia de Campos tinha sido chumbado por 15 votos.
Ao jornal “Expresso”, o antigo ministro da Saúde já tinha anunciado em março que não estaria disponível para ir a votos pela terceira vez para ser aprovado no CES. “A decisão é puramente individual: não estou disponível para me voltar a candidatar. As razões ficam comigo”, disse, na altura.
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