O índice do volume de negócios nos serviços caiu 23,2% no mês de junho, face ao período homólogo, após já ter registado uma diminuição de 31% em maio. Os dados fazem parte dos índices de volume de negócios, emprego, remunerações e horas trabalhadas nos Serviços publicados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) esta segunda-feira, 10 de agosto.
“A recuperação foi comum a todas as secções, exceto as atividade de informação, embora continuem a apresentar taxas de variação negativas”, aponta o gabinete estatístico nacional. Os dados não ajustados de sazonalidade e de efeitos de calendário mostraram que o índice passou de uma variação de -34% em maio para -20,9% no mês em análise.
O INE destaca ainda as secções que mais de destacaram para a variação do índice, entre os quais se verifica que o comércio por grosso, comércio e reparação de veículos e motociclos foi o maior contributo negativo, registando uma quebra de -8,7 pontos percentuais e uma taxa de variação homóloga de -15,4%.
A secção de alojamento, restauração e similares registou -6,0 pontos percentuais, o segundo contributo mais relevante para o resultado agregado, aponta o gabinete estatístico, “originado por uma variação de -60,8%”. O INE destaca que o alojamento “apresentou uma taxa de variação homóloga de -89,8% no mês de junho” e que a taxa da restauração se fixou em -50%.
Por sua vez, os transportes e armazenagem contribuíram com -5,4 pontos percentuais, tendo observado uma variação de -39,4% no mês em análise. De acordo com o INE, “este foi o agrupamento com a recuperação menos expressiva, mantendo-se o desempenho dos transportes aéreos, com uma redução homóloga de 84,9% em junho, 0,2 pontos percentuais inferior ao observado em maio”.
O gabinete aponta que “as atividades de informação apresentaram o único contributo positivo (0,2 pontos percentuais) para o resultado agregado”, sendo que esta secção cresceu 3,4% no mês em análise, após uma diminuição de 7,2% em maio, “destacando-se a divisão de consultadoria e programação informática e atividades relacionadas, que passou de uma queda de 6,7% em maio para um crescimento de 13,5% em junho”.
Assim, o índice de emprego registou uma contração homóloga de 8,3% em junho, a partir de -8,2% em maio, o índice de remunerações pagas passou de -12,8% em maio para -9,1% em junho e as horas trabalhadas caíram 17,3%, sendo que em maio tinham apresentado uma quebra de 28%.
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