O aumento do populismo tem uma ligação direta a fatores económicos, sejam eles seculares, como o comércio e a automação, sejam aqueles que derivam de crises, de que foi exemplo o aumento do desemprego ou a austeridade associada à crise das dívidas soberanas. O argumento, citado pelos economistas Sergei Guriev, da Sciences Po, e Elias Papaioannou, da London Business School, no paper “The Political Economy of Populism”, publicado esta semana, não permite ainda respostas fechadas, mas dá algumas pistas sobre o impacto que a recessão económica que atinge o mundo, em consequência da pandemia, poderá ter na onda populista que atingiu a política mundial nos últimos anos. Porém, pela primeira vez na história recente, entra também na equação o fator “pandemia”, cuja capacidade de gestão e controlo dos governos terá peso na hora da escolha dos eleitores.
Da direita à esquerda, políticos populistas – alguns com tendências autoritárias – ascendiam em várias regiões do globo e sentavam-se à mesa para o xadrez da governança mundial, numa onda que ganhou força com a ressaca da crise de 2008. Irá a pandemia de Covid-19 matar o populismo porque os eleitores querem o regresso a políticos mainstream para gerir as crises, ou pelo contrário, agudizar a tendência? Segundo os especialistas consultados pelo Jornal Económico, a probabilidade é que a pandemia não dite o fim do populismo, podendo até levar ao seu exacerbamento.
Conteúdo reservado a assinantes. Para ler a versão completa, aceda aqui ao JE Leitor
Tagus Park – Edifício Tecnologia 4.1
Avenida Professor Doutor Cavaco Silva, nº 71 a 74
2740-122 – Porto Salvo, Portugal
online@medianove.com