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“A nossa estimativa era de que a GNB Vida ia perder 60 milhões por ano até 2021”

CEO da GamaLife diz que as perdas previstas para GNB Vida retiraram relevância ao valor contabilístico da seguradora no balanço do Novo Banco.
12 Setembro 2020, 10h00

Conheceu apenas “profissionalmente” Greg Lindberg, o norte-americano que era dono da holding que detinha a empresa que acordou comprar a GNB Vida ao Novo Banco por 190 milhões de euros e que quase deitou por terra o negócio por suspeitas de corrupção nos Estados Unidos — entretanto foi julgado e condenado. Ao Jornal Económico, Matteo Castelvetri, CEO da GamaLife (ex-GNB Vida), diz que “em 2017 não havia muitos interessados” na seguradora e explica como os fundos da Apax Partners se “ofereceram” para salvar o negócio com “um ajustamento de preços”, com recurso a financiamento do Novo Banco, o que é “comum” neste tipo de operações.

Em 2017, a Global Bankers Insurance Group (GBIG) nomeou-o CEO para a Europa. Acompanhou a compra da GNB desde o início até à sua conclusão, em 2019?
Sim, acompanhei a aquisição da GNB Vida desde que o processo começou, em setembro de 2017.

Porque é que as negociações demoraram tanto tempo?
As negociações envolveram quer o contrato para a compra da empresa, quer um acordo de longo prazo para a distribuição exclusiva com o Novo Banco. Negociar uma parceria entre duas instituições que nunca se tinham relacionado e que estão habituadas a operar em países diferentes não é fácil. Tivemos de compreender as diferentes formas de trabalhar e acordar um modelo de governance e um sistema de incentivos, com os quais ambas as partes ficaram satisfeitas. Foi tempo bem empregue, já que desenvolvemos uma boa relação com a equipa executiva do Novo Banco, da qual resultou uma parceria equilibrada que irá beneficiar ambas as empresas a longo prazo.

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