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Marca de roupa retira polo de venda após ser associado a grupo de extrema direita

“Para sermos absolutamente claros, se virem algum produto dos Proud Boys com a nossa coroa de louros ou qualquer item com preto/amarelo/amarelo, eles não têm absolutamente nada relacionado connosco”, indicou a empresa em comunicado.
28 Setembro 2020, 18h33

A marca de roupa Fred Perry, reconhecida mundialmente pela coroa de louros, retirou uma das mais camisas polo de venda após ser associada à organização de extrema-direita, Proud Boys, avança o “The Guardian”. A empresa retirou o polo preto e amarelo de venda nos Estados Unidos e Canadá.

A empresa admitiu em comunicado, citado pelo “The Guardian”, que o seu objetivo é representar a inclusão e a diversidade. “Vimos que a camisa dupla preta/amarela/amarela está a assumir um novo e muito diferente significado na América do Norte, como a sua associação aos Proud Boys. Essa associação é algo que temos de acabar”.

“Para sermos absolutamente claros, se virem algum produto dos Proud Boys com a nossa coroa de louros ou qualquer item com preto/amarelo/amarelo, eles não têm absolutamente nada relacionado connosco e estamos a trabalhar com os nossos advogados para verificar o uso ilegal da nossa marca”, indica o comunicado citado pela publicação.

A marca de roupa Fred Perry foi fundada pelo campeão de ténis de Wimbledon com o mesmo nome, em 1952, tendo sido desde então adotado por várias culturas. No entanto, entre os anos 60 e 70, a camisa polo passou a ser associada ao movimento neonazi skinhead, algo que a empresa continua a contestar.

“Francamente, não podemos expressar a nossa desaprovação em melhores palavras do que as do nosso presidente quando o mesmo foi questionado sobre o mesmo assunto em 2017”, disse a empresa no mesmo comunicado. John Flynn, presidente à altura da questão, explicou que o fundador da marca era “filho de um casal da classe trabalhadora e que se tornou campeão mundial de ténis numa época em que este era um desporto elitista”. “Ele começou um negócio com um empresário judeu da Europa Oriental. É uma pena termos de responder a questões como estas. Não apoiamos os ideais ou o grupo de que falam. É o contrário das nossas crenças”, disse o presidente à altura quando questionado sobre uma ligação aos grupos de extrema-direita.

Os Proud Boys foram classificados pelo FBI como um grupo extremista, enquanto o Centro de Direito da Pobreza do Sul considerou-os um grupo de ódio.

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