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Derrocada na Praça de Espanha: “Responsabilidade do acidente é da câmara”, assume Fernando Medina

O presidente da autarquia explicou que do acidente não resultou nenhum problema estrutural na linha do metro, nem naquele troço especifico ou nos túneis, garantindo que estão seguros e sem riscos. Presidente do Metro aponta que reabertura deverá ser feita até sexta-feira.
Cristina Bernardo
30 Setembro 2020, 12h47

Fernando Medina assumiu que a derrocada na linha azul do metro na zona da Praça de Espanha, que na terça-feira provocou quatro feridos é “exclusivamente da responsabilidade de uma obra da Câmara Municipal de Lisboa”.

Em declarações à imprensa esta quarta-feira, 30 de setembro, o presidente da CML, referiu que a obra “se realiza à superfície e que num erro grosseiro fez uma perfuração indevida relativamente ao túnel do metro”.

O autarca aproveitou para salientar que já foi instaurado um inquérito e pedido ao Bastonário da Ordem dos Engenheiro para designar um especialista, para liderar uma comissão, para rapidamente definir exatamente o sítio da responsabilidade: “se ao nível da concessão do projeto, se ao nível da execução do projeto, da fiscalização ou de uma combinação destes fatores para sabermos exatamente o que correu mal”.

Já Vítor Domingues dos Santos, presidente do conselho de administração do Metropolitano de Lisboa, explicou que “neste momento está a ser feito um trabalho entre a câmara de Lisboa, o Metropolitano e o LNEC para que se possam repor as condições de segurança naquele troço do túnel e para que a circulação possa ser retomada com regularidade”.

Apesar de não conseguir adiantar uma data para reabrir aquele troço da linha azul, o responsável acredita que a mesma “não passará de sexta-feira”. “Estamos a efetuar uma inspeção à proposta de trabalho feito entre o metro e o LNEC. Estamos a aguardar que o especialista dê o ‘ok’ para arrancarmos com os trabalhos”.

Vítor Domingues dos Santos realçou que durante a última madrugada já foi recuperada a eletrificação, a sinalização e as linhas de comunicação de emergência. “Agora, é só mesmo resolver o problema de tapar o buraco. Espero que durante a tarde já consigamos ter uma data para reabrir a operação”.

Por sua vez, Tiago Lopes Faria, presidente da Carris, sublinhou que a empresa já reforçou as carreiras que considera mais estruturantes e que servem a zona que está neste momento interdita, entre as Laranjeiras e o Marquês de Pombal, “em particular a 726 que passa no Saldanha vai há Praça e Espanha e passa na estação das Laranjeiras, assim como a 743 que arranca do Marquês de Pombal”.

O presidente da Carris garantiu que a empresa vai estar atenta para que se for necessário “fazermos mais reforços e vamos fazê-lo de uma forma progressiva e acompanhando o que está a acontecer na cidade de Lisboa”.

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