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‘App’ diz não ao desperdício e salva toneladas de comida

A Too Good to Go pretende dar uma segunda vida aos alimentos evitando assim o desperdício. No primeiro ano, em Portugal, já resgatou 180 mil refeições.
25 Outubro 2020, 12h05

Em 2050, a população será superior a nove mil milhões e, como tal, será necessário produzir mais 60% de alimentos, segundo as estimativas da FAO.

O setor agroalimentar desempenha, por isso, um importante contributo nesta área, pois são estas empresas que têm uma relação direta com os consumidores, que definem os padrões de consumo da população em geral.

Desde o alerta dado com o Acordo de Paris, em 2015, que se assiste a uma crescente oferta de produtos mais sustentáveis, com uma pegada de carbono reduzida e a aposta na redução no desperdício alimentar.

A Too Good To Go é um bom exemplo disso. A app criada em 2016 em Copenhaga já resgatou várias toneladas de comida, que de outra forma iriam parar ao lixo, desde de que chegou a Portugal, em 2019.

A dias de celebrar o primeiro aniversário da operação em território nacional, a startup já impediu que mais de 180 mil refeições de 1.700 parceiros fossem desperdiçadas. Isto tudo graças aos 350 mil utilizadores que acumula.

Nos 15 países onde opera, a aplicação já poupou 47 milhões de refeições, soma mais 26 milhões de utilizadores e perto de 72 mil parceiros.

Ao Jornal Económico (JE), Madalena Rugeroni, country manager da Too Good to Go explica: “A nossa missão é evitar a emissão de 118 mil toneladas de CO2 para o meio ambiente. A nossa meta para 2020 é ter uma comunidade de 50 milhões de utilizadores e 75 mil parceiros”.

E mesmo em tempo de pandemia, a missão de combater o desperdício alimentar continuou. “Não podíamos ficar de braços cruzados enquanto todos os parceiros de restauração enfrentavam dificuldades financeiras”, conta ao JE a responsável, explicando que no espaço de dois dias a app adaptou-se e tornou-se num serviço de take-away de refeições, entitulando a iniciativa de #WeCare.

“A situação de pandemia abalou de forma substancial as cadeias globais de abastecimento alimentar, todo o processo e as suas consequências ficaram mais visíveis aos olhos dos consumidores, mesmo os menos atentos”, continua. “A redução do desperdício alimentar pode representar um aumento da eficiência e contribuir para uma redução significativa da pegada ambiental de qualquer operação”, ressalva.

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