A Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões, liderada por Margarida Corrêa de Aguiar publicou o Relatório de Evolução da Atividade dos Fundos de Pensões do Terceiro Trimestre. Nele conclui que no final do terceiro trimestre de 2020, o número de fundos de pensões sob gestão passou de 232 para 233, na sequência da extinção de dois fundos de pensões fechados e da constituição de três fundos de pensões PPR.
Os montantes geridos pelos fundos de pensões registaram um acréscimo de 0,8% em relação ao final de 2019, totalizando cerca de 22 mil milhões de euros. Esta evolução resultou do aumento de 8,5% nos fundos de pensões abertos. Tendo em consideração as contribuições entregues aos fundos e as respetivas pensões pagas, a rentabilidade dos fundos de pensões, face ao final do ano de 2019 foi de -0,45%.
Os fundos fechados tinham 19,1 mil milhões sob gestão e os fundos abertos cerca de 2,8 mil milhões de euros.
A estrutura da composição das carteiras foi semelhante à observada no final do ano de 2019, diz a ASF. Destacam-se, no entanto, a diminuição do peso de dívida pública e da exposição a ações e um aumento do peso das obrigações privadas, revela o relatório.
A dívida pública representava 32% das carteiras dos fundos de pensões; as obrigações de empresas privadas pesava 19%; as ações 4%; os fundos de investimento 34%; os imóveis 8% e os depósitos bancários 5%.
“Em setembro de 2020, as carteiras de investimento dos fundos de pensões eram constituídas maioritariamente por títulos de dívida (50%), seguindo-se os fundos de investimento (34%). Imóveis, depósitos bancários e ações continuam a ser as categorias com menor peso”, refere o relatório.
Contribuições para fundos de pensões somam 849 milhões até setembro
Já as contribuições para os fundos de pensões apresentaram um acréscimo de 16,5%, face ao mesmo período ano anterior. Sendo que os benefícios pagos registaram um crescimento de 3,1% face ao terceiro trimestre do ano anterior.
No que toca às contribuições elas somaram cerca de 848,8 milhões de euros, acima dos 728,3 milhões um ano antes. Daqui, cerca de 495 milhões foram para os fundos fechados, repartidos entre 461,6 milhões em contribuições para fundos de pensões de benefício definido; cerca de 27 milhões em contribuições para fundos de pensões de contribuição definida e 6,4 milhões em Planos Benefícios Saúde.
As contribuições para fundos abertos (PPR, PPA, etc) somaram em setembro de 2020 cerca de 353,8 milhões de euros.
Por sua vez, no que toca aos benefícios pagos por fundos de pensões, até setembro o montante rondava os 580,8 milhões de euros. Dos quais 467,4 milhões pagos a beneficiários de fundos fechados, o que compara com 473 milhões no período homólogo anterior. A queda foi generalizada aos fundos de pensões por benefício definido, aos por contribuição definida e aos Planos Benefícios Saúde.
Os benefícios pagos por fundos de pensões abertos (Planos de Poupança Reforma, entre outros) somaram 113,4 milhões até setembro.
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