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Operadores privados de logística em Portugal dizem que não estão preparados para receber a vacina da Pfizer

De forma a garantir que a vacina contra o Covid-19 esteja disponível para ser administrada em Portugal, os operadores de logística exigem que o governo tome uma decisão sobre que vacina será utilizada, e sugerem a criação de uma “entidade única e pública” que faça a gestão de forma a garantir a identificação de “todas as infraestruturas que são possíveis de adaptar”.
18 Novembro 2020, 17h12

Na sequência dos anúncios referentes a eficácia atingida pelas vacinas da  Pfizer e da Moderna, um dos maiores operadores portugueses de logística, a ‘Rangel Logistics Solutions’ através do seu CEO, Nuno Rangel, afirmou durante o evento Portugal Exportador, do qual o Jornal Económico é media partner, que até ao momento, do lado dos operadores privados do setor da logística em Portugal “não existem condições para receber e transportar a [vacina] a temperaturas de menos 70 graus negativos”.

Ainda assim, Nuno Rangel refere que o governo terá de, numa primeira fase, de anunciar “qual a vacina escolhida que vai ser distribuída em Portugal” e, perante essa decisão, “contactar os operadores de logística existentes para que se chegue a um consenso sobre quais as modernizações que terão de ser feitas nas frotas utilizadas para a distribuição e respetivo armazenamento”. No entanto, Nuno Rangel refere que “estamos preparados para nos adaptar ao que nos for exigido, tal como nos últimos meses onde nos foi exigido coisas fora do normal”.

Por sua vez, Rui Magalhães, diretor da Associação Portuguesa de Logística, sublinha o facto de não existirem instalações com capacidade para lidar com as especificações impostas pelas farmacêuticas ao armazenamento e consequente distribuição de vacinas a 70 graus negativos, afirmando que “há aqui claramente dois níveis de decisão: em primeiro lugar que tipo de abordagem vamos ter às vacinas – compramos só uma ou compramos duas ou três, e em segundo lugar qual será o modelo relativamente a essa operação, e aqui há claramente uma necessidade de termos uma entidade única que faça uma gestão de forma a garantir a identificação de todas as infraestruturas que são possíveis de ser adaptadas”.

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