A comissária Europeia da Inovação, Investigação, Cultura, Educação e Juventude anunciou esta quarta-feira o lançamento do Centro de Educação Digital durante a presidência portuguesa da União Europeia (UE), que decorre entre 1 de janeiro e 30 de junho de 2021.
“Nos próximos meses, sob a vossa presidência, lançaremos o novo Centro de Educação Digital. Este irá proporcionar uma plataforma para os estados membros trocarem boas práticas, ligarem iniciativas e promoverem o diálogo entre as partes interessadas”, disse Mariya Gabriel.
O anúncio foi feito no webinar “Europa Digital: apostar na década da educação digital”, logo a seguir a Mariya Gabriel ter defendido que “a transformação digital na educação só se pode tornar -se uma realidade através de fortes parcerias, cooperação e diálogo ativos, incluindo todos os sectores da sociedade desde os educadores e a sociedade civil até ao sector privado, pais e alunos.
O ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, que interveio depois, revelou que “os inquéritos que temos feito dizem que o acesso à internet é ainda muito desigual nas comunidades nacionais, com mais do que uma em cada cinco crianças e jovens a não alcançarem ainda o nível básico satisfatório de competências digitais e apenas 39% dos professores da UE a sentirem-se capazes de usar com segurança e eficiência as tecnologias digitais”.
Há todo um longo caminho a percorrer e nesse sentido se insere o plano de ação digital da Comissão Europeia, que faz da democratização do acesso aos equipamentos e às redes uma das suas prioridades. “Temos que tornar mais eficazes e mais sustentáveis os recursos educativos”, afirmou o ministro, adiantando, no entanto, que, apesar de fundamental, hoje, isso não será suficiente para garantir uma efetiva educação digital.
“Esta só se irá concretizar quando o digital puder potenciar verdadeiramente o educativo e simultaneamente quando a educação formar cidadãos pelas ferramentas digitais ao construir vidas e sociedades verdadeiramente do bem estar”, sublinhou o governante.
A meta para atingir o Espaço Europeu da Educação está traçada para 2025. Ao contrário do que aconteceu com muitas facetas da governação europeia, a educação não foi a primeira prioridade nas últimas décadas da União Europeia, lembrou o ministro, adiantando que agora se trabalha afincadamente nesse sentido. Essa meta obriga a promover “o investimento em educação e formação inclusivas de qualidade e de sucesso para todos os europeus”.
Tiago Brandão Rodrigues voltou a reafirmar que até ao final do primeiro período chegarão às escolas portuguesas 100 mil computadores, que priorizarão os alunos beneficiários de ação social escolar e lembrou que o Governo inscreveu mais de 500 milhões de euros no Plano de Recuperação e Resiliência, destinados ao esforço digital na educação.
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